O BRASIL ESTÁ DE LUTO!
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O Brasil está de luto: o candidato à presidência Eduardo Campos, do PSB- Partido Socialista Brasileiro, uma terceira via de opção aos brasileiros, faleceu em desastre aéreo e mudou todo o cenário político do país, que terá dez dias de prazo para substituí-lo. Poderá ser a sua vice, Marina Silva, mas poderá ser outro candidato do partido. Talvez Marina Silva decida disputar a presidência, mas é cedo para se falar em política agora. Com a morte do candidato à presidência da República, Eduardo Campos, não é hora de se falar em política partidária, mas de repensar na política que queremos, para o Brasil, em todos seus aspectos.
Vamos continuar com o Governo do PT? Vamos eleger um outro candidato, com propostas mais modernas e usadas, como eram as apresentadas por Eduardo Campos? O problema do Brasil é pensar isoladamente, como se o país fosse uma ilha. Teremos que pensar no todo, no que é melhor para o povo brasileiro daqui para frente, continuando as conquistas sociais alcançadas pelo PT e gerando novas! Ou vamos continuar reelegendo os mesmos candidatos ou elegendo novos candidatos, tanto em idade como em propostas?
Depois, se pensa em quem o substituirá Eduardo Campos, se sua vice na chapa Marina Silva ou outro político. O candidato era uma promessa política alternativa para o Brasil e será insubstituível no aspecto moral, ético, político e de respeito. Mas enquanto sua família sofre com sua perda e se recupera da dor, melhor não se pensar em política, campanhas e outras atividades do gênero que foram suspensas em sinal de respeito e luto por três dias. Outros partidos como o PSOL, por exemplo, emitiram notas de pesar pelo falecimento do candidato que, com sua morte, conseguiu unir o Brasil e poderia ter sido o melhor presidente que jamais teremos, ao contrário de Tancredo Neves, eleito o primeiro presidente pós-militarismo, que o Brasil não teve porque faleceu antes de tomar posse e assumiu o vice, José Sarney e o resto é história.
Eduardo Campos, formado em Economia, conseguiu deixar o Governo de Pernambuco com 80% de preferência do eleitorado de seu Estado. Com isso, decidiu concorrer à presidência da República e se mostrou como uma opção possível entre os candidatos, falando em um candidato novo modelo de governar, com ideias novas e ousadas para reunir o Brasil em torno de um projeto de modernidade que alcançou em seu Estado. O problema do Brasil está na grande quantidade de políticos carreiristas, de mesmices discursos e sem nenhuma ideia nova. O presidente Lula, do PT, antes com discurso radical e sempre derrotado nas urnas, mudou seu discurso, se elegeu, ousou, implantou programas sociais que deram certo, se meteu em alguns escândalos políticos, mas conseguiu eleger sua sucessora, Dilma Rousseff que, ao tomar posse, prometeu um Governo meritocrático e está se afundando em inflação elevada, estagnação econômica e empurrando para baixo do tapete os aumentos de energia e outros vários que deveriam ter ocorridos para manter a meta inflacionária, para liberá-los depois das eleições. Se não for eleita, os setores econômicos que ficaram sem reajustes e reprimidos economicamente, pressionarão o novo presidente eleito e culparão a presidente Dilma por não ter-lhes atendido. Se Dilma for reeleita, ela concederá os reajustes, talvez não todos de uma vez, mas em conta-gotas e doses homeopáticas para manter sob o controle a inflação.
Mas como eu disse, não é ora de se falar em política partidária, mas é hora de pensar em uma política para o Brasil! O Brasil de muitos contrastes climáticos, muitos “Brasis” dentro de um único país, precisa ser repensado em seu todo. Um país que anda para trás em muitos aspectos, é um país capenga. “Caldo de galinha e prudência”, do ditado popular, nunca fez mau a ninguém. Muito menos para doente terminal nas esferas de planejamento para o futuro, inflação, economia e repetição da mesmice, sem ousar mais ainda com novo modelo desenvolvimento, também se aplica agora, como é o Brasil no momento!
Será que queremos um país em que jovens mascarados vão as ruas e destroem tudo que é bem público? Ou um país que proteste dentro da ordem, não enfrente os aparelhos de repressão do Estado, mas tenha o apoio deles em suas reivindicações? Será que queremos um país que ande para frente ou um Brasil que ande para trás nos avanços sociais já conquistados. Um país vivendo uma paz social perene e se desenvolvimento nas áreas de habitação, segurança, educação e saneamento básico ou um país que ande para trás nas conquistas sociais já alcançadas e que ficaram estagnadas pelo discurso “temos dinheiro, mas não temos projetos”?
Programas como “Minha Casa, Minha Vida”, “Transposição das águas do Rio São Francisco”, “Programa de Nacional de Combate ao Crack” (Decreto 7.426/2010), “Plano Nacional de Banda Larga I e II” e outros que fazem parte de todas as campanhas, não servirão mais como propostas políticas...Se forem prometidos novamente, pode até ser considerado normal, porque como garantiu um ex-governador e senador falecido, “em política, prometa tudo, realize uma parte e deixe o resto para continuar prometendo em nova campanha”. Amazonino, seguiu seu conselho, se elegeu ao Governo, passou pelo senado, voltou ao Governo, se elegeu prefeito de Manaus e fez carreira política no Estado, como seu criador Gilberto Mestrinho. Aconselho aos eleitores ficarem de olho e se decidirem pela continuidade, aceitarei, se decidirem pela mudança, não me oporei. Mas tenham consciência plena na hora do voto porque no processo democrático, somos responsáveis para o bem ou para o mal, pelas atitudes que tomamos ou pela omissão que praticamos na construção da sociedade em que desejamos construir para nossos filhos e netos. Eduardo Campos se apresentava como uma opção viável nesse aspecto, uma espécie de terceira via moderada e consciente.
O eleitor é quem decidirá livre e democraticamente o que é melhor para o Brasil, consciente ou inconsciente de tudo o que ele fizer ou deixar de fazer refletirá nos próximos 4 anos do país, porque todos são responsáveis coletivamente pela sociedade em que desejam viver!