Lembrança do avô
Para a loirinha de cinco anos, dar um abraço no avô era a primeira coisa que queria fazer quando o encontrasse. Fazia alguns meses que não se viam, e a saudade já era grande. Agora, de repente, estava indo ao seu encontro, ela nem sabia bem o porquê. Nem interessava.
Depois de pouco mais de cem quilômetros de viagem, da janela do carro a menina viu a casinha branca com o telhado velho e remendado. O coração quase saía pela boca. Logo veria o mesmo sorriso, na mesma cadeira de balanço, na mesma varanda. Mas, chegando mais perto, dava para notar algumas pessoas desconhecidas e vários carros em frente ao portão. Teve uma sensação estranha por não ver o avô na cadeira. O coração agora estourava no peito e parecia partido em mil pedacinhos que batiam cada vez mais forte.
O carro parou. A vida também.
Esse texto faz parte do livro
Ponto de Encontro,
de Marco A Hailer, Solange Aranha e Bel Massoni.
Editora FTD, São Paulo, 2009.
Para a loirinha de cinco anos, dar um abraço no avô era a primeira coisa que queria fazer quando o encontrasse. Fazia alguns meses que não se viam, e a saudade já era grande. Agora, de repente, estava indo ao seu encontro, ela nem sabia bem o porquê. Nem interessava.
Depois de pouco mais de cem quilômetros de viagem, da janela do carro a menina viu a casinha branca com o telhado velho e remendado. O coração quase saía pela boca. Logo veria o mesmo sorriso, na mesma cadeira de balanço, na mesma varanda. Mas, chegando mais perto, dava para notar algumas pessoas desconhecidas e vários carros em frente ao portão. Teve uma sensação estranha por não ver o avô na cadeira. O coração agora estourava no peito e parecia partido em mil pedacinhos que batiam cada vez mais forte.
O carro parou. A vida também.
Esse texto faz parte do livro
Ponto de Encontro,
de Marco A Hailer, Solange Aranha e Bel Massoni.
Editora FTD, São Paulo, 2009.