A FALSA ONIPOTÊNCIA DO PRESIDENCIALISMO
Refiro-me à representação da democracia burguesa como algo necessário, por ausência factível de um outro sistema melhor, ou menos imperfeito. Ocorre que as eleições presidenciais conferem ao detentor do Poder como se fosse absoluto, bastando ser uma decisão de um colegiado próximo ao governante, quando não é assim, esbarra em negociações e concessões sendo os projetos submetidos a toda sorte de conchavos, quando não sai aleijado em sua concepção inicial. São regras do jogo do sistema representativo, não discuto isso, apenas que a onipotência do Executivo deve ser desmistificada junto ao eleitorado, acabando-se com a supremacia falsa de que ser eleito presidente confere ao escolhido uma varinha de condão, sendo unicamente uma questão de vontade e não de uma decisão colegiada entre variados segmentos, quando não judicializada através do Poder Judiciário. Creio que isso, exposto com sinceridade, levaria à consciência da importância de elegermos melhor as casas legislativas, higienizando o congresso nacional, escolhendo bem deputados federais e senadores, com o fortalecimento dos partidos ideológicos e comprometidos.