UM OCEANO DE AMOR.
No labirinto da minha janela do tempo, quando os dias flutuam pelos meus olhos, os meus pensamentos tornaram-se palavras lançadas ao mar, e as páginas que passam a ser escritas, começam a fluir como chuva, e um toque de mistério no ar excedem o seu limite, onde a descoberta é livre, exceto por esse papel com letras, que eu estarei fixando em uma estrela.
Vejo um oceano de pensamentos afogando a minha mente, por tentar conservar segredos em algum baú, que armazena o meu destino obsequente. E quantos momentos ficaram perdidos no ar? Quantas promessas ditas sem pensar? E quantos sonhos sem realizar? Mas, em cada chama que foi acesa há uma lição aprendida em algum lugar.
Ouço os gritos que ecoam para o nada, e através deles, eu consigo imaginá-los voando. É quando eu sinto falta dos anos que foram apagados, das cinzas para cinzas, em cicatrizes que nunca cicatrizaram, e continuam sangrando. E o teu espelho é a chave que me destrava todos os tons, os sons, e os pontos forte da minha alma, mantida com um relho.
Já não enxergo a necessidade de uma explicação, por quantas vezes que eu pensei em não ouvir a razão, quantas outras tantas vezes te chamei, na minha mais fria solidão, e fiquei com o teu histórico de silêncio, tentando esquecer todas as coisas que não são você nessa emoção, sem margens, sem limites, sem imagens, até que você desamarre o nó feito com as tuas cordas de Amor, composto para enlaçar o meu coração.
Tudo já ficou escriturado para contornar a minha dor, já que uma parte dessa imagem eu não posso mais apagar, é muita coisa para enfrentar e transpor, aprender a lição de me ver correndo contra o tempo, antes que ele se torne permanente. É quando sinto que tenho que cruzar a linha, ser insistente, e tentar deslizar nas coisas em busca de horizontes perdidos, e os raios de uma emoção corrente e fria, que você me traz, que é o anelo que você é tenaz, no que você diz que me faz, e que tem que me deixar nestas tuas palavras, qualquer frase, que seja menos vazia.