O TEMPO E A VIDA.
Eu tento me apropriar do tempo em que estou apenso à vida, essa que nos transforma, e nos encontramos nela em guarida. Procuro sempre ficar atento à palavra que existe em meu interior, pois a palavra é honra, mas, nem sempre honramos a palavra. E ao labor de mais um dia que passa, se dissolvendo completamente em letargia, e ficamos a recolher as migalhas que ela nos deixa curtir sem queixa, algum mal que nos crucia, mas que é comodamente uma deixa a nossa filáucia.
Eu preciso me concentrar de qualquer modo, que esperar seja um ensejo, ou por um viger, na evidência que eu vejo a ocorrer, como se eu fosse um passageiro frequente, em sua vida passada. Mesmo, quando as minhas extensões estão conectadas em sua trama, que acinzenta a minha mente em flama. Pois estou rompendo o chão com frequência, e o faço, com a ponta dos meus dedos, sendo que eu estou à procura de uma jornada, certo que há alguma esperança estuada, e mesmo que esteja fragmentada, penso em encontrar um meio de ver, através de uma nevoa arraigada.
E nessa hora, eu olho para ver o que havia entres as linhas do imaginário, e não posso advir um lugar, ao qual eu estou olhando, para a minha outra metade do meu questionário, onde não posso mais ir, sem sentir o vazio que se instala no meu coração, que é um espaço em que se guarda a emoção. Peço a pausa para uma teoria ou um modelo, de como lutar pelo momento do agora, ao invés do que podemos ganhar em um dia de desvelo.
Eu espero que possamos começar a ver uns aos outros em igualdade, mas, nós sabemos o que as memórias podem nos trazer em frugalidade, e vamos guardando coisas vagas de outras palavras em evasão, quando perdemos a nossa mente pequena para a ilusão, para que possamos nos libertar para a vida. E só depois, nós requeremos e erguermos o nosso muro sem janela, que nos libertam ao olhar que nos revela, e nos expõe ao nosso futuro em efusão.
É quando eu me alimento em cada pensamento, dos sentidos que se fazem entorpecer, e se enervam de todas as mentiras e do fingimento. Pelo final do meu primeiro começo, e pelo raro e inesperado apreço, que eu tenho em me reconhecer.