Um país com mania de Salvador da Pátria

No entra-e-sai da política, sempre surge a figura do personagem "Salvador da Pátria". Já se foram várias décadas e eles insistem teimosamente em ressurgir. É o mesmo lenga-lenga e blá-blá-blá: prometo fazer isso, aquilo e aquilo outro, vocês poderão conferir e cobrar-me. Talvez, sejamos campeões mundiais em Salvadores da Pátria, já que não fomos de futebol, que era o que de melhor possuíamos, apesar de toda gastança e preparação, acabaram por nos mandar, impiedosamente, para Catolé da Rocha, com 7 x 1 e 3 x 0, no lombo. Somos, também, campeões de esperanças, que de tantas, nos levaram fatalmente ao comodismo. Esquisito, não?! Comodismo de esperanças! Já que os políticos não gostam do povo, nem do Brasil, seria ótimo que odiassem o dinheiro brasileiro. Seria um ódio generalizado e salvador da pátria. Esse sim, seria o verdadeiro salvador da pátria. Estamos esgotados de politicagem, virou endemia. Necessitamos de uma política sadia, que torne sadio o paciente Brasil. Porém, os candidatos continuam os mesmos. Como mudar a rota da locomotiva se os trilhos e os maquinistas continuam os mesmos?! Aos partidos políticos não interessam mudanças. O Supremo Tribunal Eleitoral, por sua vez, deixa a bola rolar. Daí, pergunto: Como mudar?

Votando nos mesmos? Não me parece uma solução. Continuamos desrespeitados e enganados. Somos considerados "gente miúda". Os velhos caciques políticos, que estão mais para dinossauros do que para caciques, continuam confortavelmente no poder, praticando antigos e acrescentando novos erros. Aproveitam-se da oportunidade para adentrarem toda sua tribo familiar na administração pública. Não sou pessimista, mas não acredito, que a médio prazo, ocorram mudanças radicais na administração do país. Estamos perdendo tempo, marcando passo, afundando nos atoleiros da ignorância pública. Enquanto muitos países avançam na velocidade dos aeroplanos, nós ainda estamos aprendendo a andar de bicicleta. Os motivos de tudo isso, são óbvios, não me cabe enumerá-los aqui, agora, pois, são do conhecimento de todos. Quando elogiamos deslumbrados o que os outros países têm de melhor e, que, poderia ser aproveitado por aqui, somos considerados pelos pseudos intelectuais, seres inferiorizados e complexados. Adoram citar o termo tupiniquim, como se o caráter pudesse ser medido somente pelo poder e o dinheiro, ignorando-se a espiritualidade. Se fazemos uma tentativa de copiar ou imitar o que há de bom nos países do primeiro mundo, aí então, é que a coisa piora, pois somos chamados de macacos, macaquitos. Pelo visto, os políticos estão esforçando-se ao máximo por assenhorarem-se do amanhã, que foi e sempre será de Deus. Até Deus já anda de saco cheio com eles. Soubemos, à língua curta, que o diabo não admite em hipótese alguma, a presença de políticos no inferno. Ele, também, está de saco cheio com eles. Inclusive fiquei sabendo, não sei se é verdade ou simplesmente fofoca, que certa feita, desesperado com a presença de políticos, no portal do inferno, o diabo bradou em alto e bom som aos seus assessores: "PELO AMOR DE DEUS, afastem essa gente daqui imediatamente! Essa casa é minha e ninguém tasca!" Imaginem só, o desespero do diabo, citando o nome de Deus! Vou ficando por aqui, não pretendo que alguém me interprete mal e ache que não gosto de políticos. Apenas tomo as minhas devidas precauções. Quem possui ojeriza por eles e não tem a intenção de encontrá-los na outra vida, aconselho a ir tranquilamente para o inferno. O diabo garante! Mas, tenho lá as minhas dúvidas, pois não sei qual inferno seria pior. Na dúvida, não morra!

Autor: Jaime Rezende Mariquito

Jaime Rezende Mariquito
Enviado por Jaime Rezende Mariquito em 05/08/2014
Reeditado em 11/01/2017
Código do texto: T4911207
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