FÉ E REENCARNAÇÃO.
Luciano, querido amigo, não há gigantes na interlocução, mas amigos conversando sobre temas que nos interessam. Somos anões. Todos são quando se trata de transcender. Se fosse fácil a compreensão ninguém se debruçava sobre isso nem a história se debateria entre contradições e desencontros. Platão foi o mais espiritualista dos clássicos filósofos gregos, um espírita dos dias atuais, de forma diversa discutindo a "ideia" de pensar Deus e a alma. Em Fedro discutia o problema de justificar o sofrimento dos bons e a prosperidade dos injustos, focado na alma e na possibilidade de reencarnar, "uma vida futura é vista como ápice da justiça divina inexorável", dizia.
Os mitos platônicos e a destinação das almas se situavam em que o justo merece depois da morte um prêmio e o injusto um castigo. Sinalizava explicações escatológicas a respeito das almas e abre um espaço de tempo para a reencarnação ou retorno à contemplação.
A alma não retorna ao ponto de partida senão depois de decorridos dez mil anos, nem recupera antes desse prazo essa possibilidade, com exceção de quem se dedicou à filosofia e se entregou a ensinar aos jovens verdadeiramente. Um personalismo evidente. Mas havia julgamento para a alma e prisões correcionais embaixo da terra para a alma pelo que fizeram de errado, no sentido de cumprirem os faltosos a pena cominada, enquanto outras almas pela sentença, são conduzidas para determinado céu, onde levam uma vida digna do que a anteriormente vivida sob forma humana. O corpo era um castigo, um sepulcro.
Extensa literatura e complexa desses tempos, dessa fase, ANTES DO CRISTO, que não foi um mero filósofo, mas o Filho de Deus assim acreditado pelo espiritismo e praticamente todos os credos, e mesmo o islamismo como um profeta. E o ponto é esse, Cristo não traçou essas linhas, não prometeu penas nem distribuir justiça em uma reencarnação cuja pena ultrapasse quem não cometeu a falta, o que não seria justo vindo de quem só quis a verdade da justiça, razão porque silenciou diante de Poncio Pilatos quando perguntado o que era verdade. Simples assim e difícil de situar e conceituar tantas questões, nos basta o que considero como basilar, A LEI MORAL, a mesma que você pratica fartamente. Um abraço. Celso