"O GOVERNO QUE AI ESTÁ" VOLTOU EM "PTRALHAS"
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“Esse governo que ai está” era a frase mais pronunciada pelos deputados da oposição, MDB, quando criticavam a Arena, que era Governo. A mesma frase foi substituída por “esse governo de Ptralhas que aí está” .Isso mesmo! O PT passou a ser “Governo de Ptrabalhas”, para se referir ao Governo que está no Poder. No Amazonas, quase todos os políticos atuais que concorrem ao Governo do Estado, são oriundos do mesmo grupo político criado pelo ex-governador Gilberto Mestrinho (já falecido), fundou um partido político, gestou sua escola política. O resto é história!
Durante entrevista na década de 80 que fiz dentro de um avião bimotor, com o ex-governador Paulo Pinto Nery, sobre a vinda de Gilberto Mestrinho para o Amazonas a fundação de um novo partido para disputar as eleições ao Governo do Estado, o mestre deu-me, com outras palavras, a seguinte aula de filosofia grátis: no Brasil, poderão existir até mais de 50 partidos, mas na hora da disputa eleitoral, todos se unirão em blocos e, no final, passarão a existir dois, como hoje (MDB X ARENA): aquele que está no poder, ainda está com fome e quer continuar comendo e todos que alcançar o poder a qualquer preço, mesmo que, para isso, tenham que fazer alianças inimagináveis, outras inconfessáveis ou mesmo se aliando a badernas orquestradas com partidos radicais, sem qual princípio ideológico, mas que lhes apoiam nas ruas em nome de uma exigência social, que poderá nem existir. O partido que está no poder não quer sair e todos os outros vão querer entrar para comer também.
Paulo Nery, oriundo do Regime Militar foi professor na Faculdade de Direito do Amazonas, estava certíssimo! É o cenário político que se desenha hoje no Brasil e em vários Estados, com alianças estranhas entre candidatos estranhos, sem qualquer ideologia, coerência, princípios morais e éticos, tudo visando alcançar o poder a qualquer preço.
Com discurso generalizado de “os “Ptralhas” que ai estão”, a chamada mídia social ataca de forma violenta e desproporcional, o Governo do PT, que está no Poder. Eu questiono: será que todos os políticos do PT são farinha de um mesmo saco, mesmo? Será que não existe ninguém honesto dentro do PT? Será que só por que alguns políticos do partido (como de outros também) se envolveram no esquema do “mensalão”, (julgados, condenados e cumprindo penas) ninguém do PT presta mais?
Todos os partidos são feitos pelos homens e, assim, tem que existir a dualidade: os que prestam e os que não prestam. Cabe ao eleitor saber escolher. Aliás, chego a pensar que existem mais partidos para receberem votos do que eleitores aptos a votar. Só que muitos partidos funcionam como siglas de aluguel para compor acordos e conchavos em troca de ter um pedacinho do poder e mais tempo de campanha em rádios e TVs.
Dos diversos partidos que existem no Brasil e disputam a presidência, o menos pior continua sendo o PT que, bem ou mal, está sendo conduzido de forma coerente, honesta e transparente o Brasil na gestão da presidente Dilma Rousseff – presidenta, como ela quer ser chamada por decreto. Mas como profetizou na década de 80 o ex-governador do Amazonas, na disputa à presidência, passaram a existir só dois partidos: o que está no poder, chamado de “Ptralhas” pelos opositores e todos os outros que querem chegar ao poder.
Os partidos sem muita expressão eleitoral, usaram Eliza Quadros, a “Sininha”, para criar a Frente Popular Independente, como um suposto grupo social que não é, nunca foi e jamais será, com o propósito de gerar tumultuo na sociedade, implantar o medo, criar o caos e, assim, ficar mais fácil e rápido alcançar o objetivo traçado de chegar a Presidência da República. Depois, quando os partidos aliados sem qualquer ideologia ou ética, se digladiarem pelos cargos, acontecerá tudo de novo e será de novo “um vale a pena ver de novo”! Só que novas acusações, denominações e denúncias, ou seja, apenas uma repetição do que existia no passado com dois partidos ideologicamente definidos, o MDB – Movimento Democrático Brasileiro, de oposição e a Arena – Aliança Renovadora Nacional, situação.
Relembro esse ensinamento do ex-governador Paulo Pinto Nery, para dizer que existe uma gritante diferença entre o que venha ser “movimento social”, uma ação coletiva de setores da sociedade ou organizações sociais para defesa ou promoção, no âmbito das relações de classes, de certos objetivos ou interesses, tanto de transformação social do que venha a ser a FPI, um movimento de baderneiros, irresponsáveis e inconsequentes -sinônimo de bagunça - que querem atingir seus objetivos, se é que existem, que é chegar ao poder a qualquer preço, mesmo que pisem em cima de qualquer um ou de todos.
O ex-governador do Amazonas, mesmo não sendo filósofo e muito futurólogo, acertou: Hoje, no Brasil só existem dois partidos, um que está dentro e continua com fome e quer continuar comendo e todos os outros que estão fora e que querem chegar ao poder na marra e não pelo voto consciente e responsável dos eleitores!