FRONTEIRAS INVISÍVEIS
Vivo na fronteira daquilo que a vida me permite ser, com aquilo que eu gostaria de ser!
Dirão os que acham que são exatamente o que escolheram ser, para mim: os prepotentes;
dirão: sou a totalidade de mim! Nada! Ninguém é a si próprio por inteiro! Sim, é o máximo de si, dentro daquilo que a vida permite! Tantas coisas mais eu poderia ser (ser até melhor do que aqueles que são). Tantas coisas sou que não queria ser! Não me venham os donos da verdade dizer: não seja o que não quer ser! Esse poder está diretamente ligado a fatores tais como: estágio evolutivo, classe social e econômica, saúde física e mental,... Exemplifico: eu gostaria de ter feito Teoria da Literatura em França... Não o fiz, não o pude! Tornei-me professor de português e de literatura! Morro por isso? Não, louvo por isso! Mas, sou franco, muito me apeteceria ser outras coisas mais!
Essa linha divisória entre duas realidades a transponho constantemente! Ainda que sem passaporte, clandestinamente, vou buscar lá do outro lado, material intelectual para alimentar minha alma exigente e para fazer poemas, produzir meus textos, nessa situação, sou contrabandista de ideias, sensações, sentimentos, emoções: mercadoria indispensável para ‘alimentação intelectual, espiritual e moral do ser. Nem pensem que contrabandeio minha mercadoria só através de fronteiras com o “primeiro mundo”! Não, não! Também, sou contrabandista do “submundo” dos valores humanos; por isso, às vezes, deixo uma ou outra pessoa muito “sensível” estarrecida com meus textos, tão dura e “inusitada” a realidade ali narrada! Não me entendam de forma equivocada, nunca saí do meu país; nunca fiz ou incentivei ou induzi quem quer seja a prática do contrabando do patrimônio intelectual de alguma pessoa, algum grupo ou país! Pelo ‘amor de Deus, daqui a pouco a Polícia Federal bate a minha porta!
Do que falo ocorre tudo no plano espiritual: Minh’ alma viaja, à noite quando deixa o corpo descansando, no processo do sono ou, em estado de vigília em processos inexplicáveis de libertação do corpo de carne. Penso que isso tudo que conto aqui, não ocorra só comigo: todo artista, todo pensador, toda alma sonhadora e sedenta de saber, de conhecer pratica esse tipo de contrabando e clandestinidade. Ficou parecendo que saí do tema proposto na introdução; mas, ao contrário, esses esclarecimentos vêm corroborar minha tese. Porque, justamente por viver na fronteira de duas ou mais realidades opostas, eu, Espírito, sequioso
de novos conhecimentos; com propensão a desbravador de “novas terras”; um viajor astral, que acredito sermos todos nós (toda a criação universal está em movimento, em uma constante dinâmica) não poderia assumir uma postura de comodismo e satisfação aqui neste pequenino Posto Transitório chamado Terra, nesta grandiosa viagem rumo ao infinito futuro,
na qual, quer queiramos quer não, estamos todos empenhados!
Este assunto dá “pano pra manga”! Porém, com o fito de não tornar muito extenso um texto que, para uma maioria de pessoas, penso ser cansativo por sua própria natureza: muito filosófico, com laivos de moralismo, de espiritualismo e transcendentalismo; adentro-me nos finalmente, reafirmando que levo mesmo uma vida de fronteiriço, estou diuturnamente lá e cá; ora nas terras que a vida reservou para eu cultivar, ora do outro lado da fronteira buscando semente de melhor qualidade para eu plantar nas minhas “terras” legalizadas pela Justiça da vida. “Terra intelectual e espiritual” que procuro cultivar com carinho e pela qual tenho gratidão e apreço. Assim, concluo dizendo que realmente eu me prestaria a muitos outros papéis, sinto-me apto a desempenhá-los e, francamente, gostaria que a vida tivesse permitido mais alguns passos no terreno intelectual, também, no moral e no espiritual. Mas, sei, nada de pressa: temos a eternidade pela frente!
Vivo na fronteira daquilo que a vida me permite ser, com aquilo que eu gostaria de ser!
Dirão os que acham que são exatamente o que escolheram ser, para mim: os prepotentes;
dirão: sou a totalidade de mim! Nada! Ninguém é a si próprio por inteiro! Sim, é o máximo de si, dentro daquilo que a vida permite! Tantas coisas mais eu poderia ser (ser até melhor do que aqueles que são). Tantas coisas sou que não queria ser! Não me venham os donos da verdade dizer: não seja o que não quer ser! Esse poder está diretamente ligado a fatores tais como: estágio evolutivo, classe social e econômica, saúde física e mental,... Exemplifico: eu gostaria de ter feito Teoria da Literatura em França... Não o fiz, não o pude! Tornei-me professor de português e de literatura! Morro por isso? Não, louvo por isso! Mas, sou franco, muito me apeteceria ser outras coisas mais!
Essa linha divisória entre duas realidades a transponho constantemente! Ainda que sem passaporte, clandestinamente, vou buscar lá do outro lado, material intelectual para alimentar minha alma exigente e para fazer poemas, produzir meus textos, nessa situação, sou contrabandista de ideias, sensações, sentimentos, emoções: mercadoria indispensável para ‘alimentação intelectual, espiritual e moral do ser. Nem pensem que contrabandeio minha mercadoria só através de fronteiras com o “primeiro mundo”! Não, não! Também, sou contrabandista do “submundo” dos valores humanos; por isso, às vezes, deixo uma ou outra pessoa muito “sensível” estarrecida com meus textos, tão dura e “inusitada” a realidade ali narrada! Não me entendam de forma equivocada, nunca saí do meu país; nunca fiz ou incentivei ou induzi quem quer seja a prática do contrabando do patrimônio intelectual de alguma pessoa, algum grupo ou país! Pelo ‘amor de Deus, daqui a pouco a Polícia Federal bate a minha porta!
Do que falo ocorre tudo no plano espiritual: Minh’ alma viaja, à noite quando deixa o corpo descansando, no processo do sono ou, em estado de vigília em processos inexplicáveis de libertação do corpo de carne. Penso que isso tudo que conto aqui, não ocorra só comigo: todo artista, todo pensador, toda alma sonhadora e sedenta de saber, de conhecer pratica esse tipo de contrabando e clandestinidade. Ficou parecendo que saí do tema proposto na introdução; mas, ao contrário, esses esclarecimentos vêm corroborar minha tese. Porque, justamente por viver na fronteira de duas ou mais realidades opostas, eu, Espírito, sequioso
de novos conhecimentos; com propensão a desbravador de “novas terras”; um viajor astral, que acredito sermos todos nós (toda a criação universal está em movimento, em uma constante dinâmica) não poderia assumir uma postura de comodismo e satisfação aqui neste pequenino Posto Transitório chamado Terra, nesta grandiosa viagem rumo ao infinito futuro,
na qual, quer queiramos quer não, estamos todos empenhados!
Este assunto dá “pano pra manga”! Porém, com o fito de não tornar muito extenso um texto que, para uma maioria de pessoas, penso ser cansativo por sua própria natureza: muito filosófico, com laivos de moralismo, de espiritualismo e transcendentalismo; adentro-me nos finalmente, reafirmando que levo mesmo uma vida de fronteiriço, estou diuturnamente lá e cá; ora nas terras que a vida reservou para eu cultivar, ora do outro lado da fronteira buscando semente de melhor qualidade para eu plantar nas minhas “terras” legalizadas pela Justiça da vida. “Terra intelectual e espiritual” que procuro cultivar com carinho e pela qual tenho gratidão e apreço. Assim, concluo dizendo que realmente eu me prestaria a muitos outros papéis, sinto-me apto a desempenhá-los e, francamente, gostaria que a vida tivesse permitido mais alguns passos no terreno intelectual, também, no moral e no espiritual. Mas, sei, nada de pressa: temos a eternidade pela frente!