Crônica – Volta às aulas
Algumas escolas retomarão suas atividades acadêmicas amanhã, uma vez que essas escolas não mudaram o calendário devido ao nojo da Copa do Mundo. Então é preciso que os pais não apenas preocupem com os materiais mandados para que os filhos tenham um bom rendimento diário, a preocupação maior é com o filho, esse sim é o principal produto. Esses filhos devem estar uniformizados, asseados, com o sorriso no rosto por rever aquele que leva a cultura -e não há o que retrucar- professor é sim aquele que leva a cultura. O aluno chegando com isso em mente saberá que escola instrui e não educa. A educação vem de casa, pais querem resilir essa obrigação e transferi-la ao pobre coitado do professor, aí, o que acontece? O professor fica sobrecarregado, porque o aluno não chega com o mínimo da educação caseira. O convívio na sala de aula exige um mínimo de educação, de convívio civilizado, de respeitar as determinações de ordem disciplinares da escola e, sobretudo, à cátedra do professor. O Brasil é o país que mais perde tempo, de parte dos professores, tentando admoestar alunos irresponsáveis, sem caráter e sem educação. Esse dado não chega à realidade do povo brasileiro. Por quê? Isso deveria ser dito nas reuniões de pais quotidianamente. A nossa nação é a que mais perde tempo em questões disciplinares dentro da sala de aula no mundo, não há aquele que nos vença no quesito falta de respeito à sala de aula e ao professor. E por que isso acontece? É lógico que acontece porque essas crianças não estão sendo educadas da maneira que deveriam, os pais apenas desovam os filhos na escola. A escola se responsabiliza pela instrução, a educação precisa vir de casa, infelizmente, a realidade é outra. O professor precisa instruir e educar, mas educar? Ai se o professor tenta falar mais alto com o filho da ordinária, o pai vai lá, a mãe vai lá, o delegado vai lá, a mãe Joana vai lá, tudo para proteger o vagabundo–e eu disse vagabundo, se for mulher, pior ainda, é vagabunda. Pensem nisso nesse retorno às aulas. Acho engraçado, por que isso não acontece em um Colégio Militar, os melhores colégios do Brasil? Escolas Militares, que todas elas fossem militares...
Rafael Vieira