Valores de cada um
Estou com saudade da lealdade; da fidelidade e da confiança. Sentindo falta da cumplicidade, da generosidade e da tolerância. Porque não, saudade das saudades que quase ninguém quer mais ter. Os anos me pesam mais sobre o físico. Sobre os valores a se absorver, exceto os que jamais deveriam ter existido, os novos não descartam os velhos. Considerações sobre quando eles surgem, reitero, são apenas constatações cronológicas. A moral é um contínuo intrínseco dos seres sob cujo cerne repousa seu comportamento. Não depende dos tempos enquanto essência. As interações os afetarão na proporção da fragilidade básica de cada um “entendendo-se como básica os aspectos genealógicos, genéticos ou patológicos”.
Que as pessoas têm tempos diferentes para seu processo de amadurecimento todos sabem, contudo esse fator é descartado nas relações de sobrevivência, tal como o é qualquer outro valor pessoal que não possa ser usado como arma. O soldado, jovem e forte, a procura de aventuras, com sede de novas vivências se autoafirma oferecendo esses dotes como pagamento aos oportunistas. Somente o passar do tempo eventualmente lhes trará a maturidade para ir transgredindo sem se expor, tal como de resto todos acabam por fazer em suas guerras particulares pela vida. É nessa dança que um caos de valores duvidosos se instala e acabam sendo usados pelos manipuladores de forma a mantê-los ou catapulta-los, numa ciranda de exemplos de “sucessos pessoais”. As novas verdades não têm limites.