PROMESSA DE AMOR.
Embora possa parecer uma contradição, toda promessa contem uma mentira. Não que ela seja premeditada, planeada, mas, em compensação, tem uma sinalização expressa, pelo simples fato, de que nós vivemos como um ser reativo, e isso tem uma comprovação. A de que somos ainda primitivos de índole, pelo simples fato de nos expressarmos sempre em hipérbole, para dar ênfase a um sentimento ou a uma reação.
E a maioria das pessoas não se dá conta disso. Ao contrario, quando vivemos como um ser criativo, somos dotados de cautela, firmamos um compromisso de que seja provável que aquela promessa não contenha uma balela. E como seres produtivos, nos condicionamos a tentar ser objetivos, e supor como vamos nos sentir em relação a alguma coisa no futuro, porque carreamos os nossos melhores sentimentos, em vez de o experienciar imaturo.
E como não podemos enxergar o nosso porvir, nem muito menos prever, tentemos pelo menos estatuir, e não, prometer. A mudança é um direito básico de toda criatura, ou algo que lhe é concedido como brandura. Porque a mudança é a única verdade constante em nossa evolução, pois a alma sempre vai se rebelar contra qualquer limitação.
É quando chega o momento, em aditamento do que desejamos demonstrar, de um modo inicial, os nossos melhores sentimentos quaisquer que eles sejam, mas, porem de um modo natural, para uma pessoa especial. Contudo, é preciso anunciar e declarar claramente, para que essa declaração se torne uma afirmação, momento a momento pela sua liberdade de ação e não por obrigação, porque o amor verdadeiro é sempre livre, e nenhuma situação pode existir no seu espaço permanente.
Se ao vir a sua decisão de expressar o seu amor por uma pessoa, de um determinado modo como se fosse uma promessa, e que essa, nunca possa ser quebrada, chegará um dia em que vai experimentar esse compromisso como uma obrigação. Contudo, se vê essa decisão não como uma jura, mesmo que feita apenas uma vez, mas como uma livre escolha, talvez esse dia nunca vá chegar. Lembre-se sempre que só há uma promessa, que é a dizer e viver a sua pura verdade, e todas as outras são privações de sua liberdade, que é quem você é, e se você se privar dela, será privado do seu eu, como unidade.