BREVE HISTÓRIA DO FECANI, MINHA HOMENAGEM!
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Dedicada aos inesquecíveis amigos Manolo Olímpio e Bruno Azedo, pelos 30 anos do Fecani – Festival da Canção de Itacoatiara. E ao poeta e meu ídolo Francisco Calheiros
Usava calça jeans, óculos estilo Jonh Lennon, cabelos encaracolados e barba quase alcançando o meio do peito e trabalhava no Jornal A Notícia, em Manaus, aos 22 anos! Na verdade eu era apenas um “foca” recém-formado e já tendo a oportunidade de escrever alguns tipos de matérias em jornal em Manaus. Outras, apenas apanhava na fonte as informações e outro profissional mais experiente, a escrevia. Eu era apenas um “foca”, aprendiz ou um quase nada na redação, mas escrevia sobre cultura, principalmente, que era minha paixão!
Envolvido com área cultural desde os 17 anos, por ter sido um intérprete do personagem “Chico”, na peça de Ariano Suassuna, que nunca chegou a ser encenada, atendia aos chamados de Manolo Olímpio ou de Bruno Azedo, que trabalhavam no setor cultural da Secretaria Estadual de Educação e Cultura - Seduc, na Avenida Joaquim Nabuco, esquina com rua Leonardo Malcher, no centro de Manaus, comandado pelo artista plástico Jair Jackmont Cantanhede, por ruas que ainda com pouco tráfego e qul se podia andar com carro sem problemas e estacionar com facilidade.
Eles me falavam e me pediam opinião sobre a ideia de criar um Festival da Canção no Município de Itacoatiara, para transformá-lo em uma referência musical, como o Município de Parintins que se transformou em sinônimo de turismo cultural com o Festival Folclórico, hoje divulgado mundialmente, mas que também teve a coragem e a determinação do ex-prefeito Raimundo Reis, que visitava uma a uma as redações dos jornais na capital, convidando e custeava a ida de jornalistas ao município, só para assistir ao evento, mesmo que nada divulgassem, depois.
Como foi o prefeito de Parintins, Raimundo Reis, também eram determinados os dois jovens como eu também. Embarquei no sonho deles! Com muitas dificuldades e falta de patrocinadores, fundaram a Associação dos Itacoatiarenses Residentes em Manaus – AIRMA e conseguiram promover o 1º Festival da Canção de Itacoatiara. Em setembro de 2014, o Festival da Canção de Itacoatiara- Fecani completará a 30º edição seguida, mas tudo começou com o sonho de dois jovens idealistas, Manolo Olímpio e Bruno Azedo, que desejavam transformar o município em uma referência musical no Amazonas. E conseguiram!
Os dois idealizadores do Fecani queriam agregar mais coisas, além do Festival, como outros eventos culturais. Criaram concurso de poesias, quando eram convidados escritores de Manaus para escolher os melhores poetas e declamadores. Convidado para um desses eventos, conheci um jovem e excepcional poeta, Francisco Calheiros, todo vestido de branco, declamando o poema em um tablado de madeira, muito rústico, ainda. O poeta estava muito nervoso, mas surpreendeu a mim e ao poeta consagrado Jorge Tufic, que também compunha a mesa de jurados. Hoje, Francisco Calheiros é o presidente da Academia Itacoatiarense de Letras, também realizando um sonho antigo. Calheiros chegou a fazer empréstimo bancário, pegar em tinta e pincel e pintava partes do prédio! Também é um vitorioso!
Manolo Olímpio e Bruno Azedo, também criaram o Centro Cultural Marina Penalber, nome que homenageia uma antiga professora do Município, mesmo sem autorização de membros da família e, em 2013, conseguiram, realizar o 29º Concurso de Beleza na tenda cultural “Terezinha de Jesus dos Santos Castro” premiando Fernanda da Silva Costa e Elielton Araújo de Oliveira Santos como Musa e Mister Fecani, entre 10 rapazes e moças que se inscreveram na disputa. Na mesma disputa, Yan Freire de Matos, ficou em segundo lugar e Francisco Romão de Sá, em terceiro. Entre as mulheres, Tais Amaral Carvalho e Bruna Tais da Silva Oliveira ficaram respectivamente em segundo e terceiros lugares no concurso Musa Fecani 2013.
Mas nada disso teria qualquer importância, agora, se esses dois jovens determinados não tivessem tido a ideia de fundar a AIRMA – Associação dos Itacoatiarenses residentes em Manaus e terem realizado o primeiro Festival, porque tudo começou com uma ideia na cabeça e uma realização no coração. Tive o orgulho de ver minha enteada, a cantora Bella Queiroz, se apresentando em uma edição desse maravilhoso festival, hoje uma referência cultural na música do Brasil.