PASSADO-PRESENTE

Linhares, o lugar onde se diz cidade do verde, sempre mostrando as coisas boas da cidade, sim, nós temos coisas boas para mostrar, tipo às sessenta e nove lagoas (da qual só conheço três) ou as pessoas, nossa! Como são boas as pessoas aqui, algumas sempre amigáveis. Mas está difícil encher isso ultimamente.

Se eu falasse que só antigamente Linhares tinha casas de madeira, pessoas sem saneamento básico eu estaria mentindo de mais, seria mais um “passado-futuro” da qual parece somente um personificação do que era antigamente, pois onde tem gente morrendo, talvez fosse o lugar que seus pais junto com seus amigos brincavam de pique ou de qualquer brincadeira típica daquela época, onde eles usam drogas é o lugar que geralmente senhoras sentavam com suas cadeiras prontinhas pra contar aquela historia da vizinha ou do “fulano-de-tal” que faz algo tão “curioso”. Sinto falta de ouvir historias de Irene, de como ela andava pelas ruas de Linhares conhecendo todo mundo, e usava aquelas roupas pra esquisitas que ela gostava, ou historias em que o Chico-Boneco pegava crianças, nossa, como morria de medo desse cara, hoje em dia ouvimos historias de adolescentes que morreram por conta de besteiras, ou que realmente alguma criança foi levada, só que pelos seus pais indo para o tumulo.

Não é algo que se torna ruim quando a gente cresce, é que ele sempre foi daquele jeito, mas quando éramos crianças nós não percebemos. Linhares cidade de cinzas, onde nós vamos parar com você? Será que teremos que ir de semana em semana no cemitério para levar um parente nosso lá? Aquele “passado-presente” continua, só que mais presente do que nunca.

OBS: essa cronica da minha cidade vai competir (espero eu) com as de mais nas Olimpíadas de Português, me desejem sorte pra eu ser escolhido pelos professores =D

Henrique B Souza
Enviado por Henrique B Souza em 01/08/2014
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