O LIXO COMESTÍVEL
É lamentável, mas é verdade, os igarapés, rios, córregos de norte a sul desse país acumulam quantidades enormes de lixo, e na sua maioria dos o lixo é plástico. Também se não fosse plástico não poderíamos ver a falta de educação do povo brasileiro. Nos telejornais podemos ver os absurdos, o “coitado” do rio Tietê que além de ter que digerir enorme quantidade de esgoto, ainda recebe milhares de vasilhames plásticos. Mas na outra ponta do país a cidade de Manaus, onde eu nasci, também não é diferente, os igarapés que cortam a cidade mostram a verdadeira cultura do povo, ou seja, se não presta joga no igarapé que ele leva, para onde? Para o mar é claro, ainda que percorra milhares de quilômetros, mas uma hora dessas chegará ao mar.
Quando iniciei a faculdade de Engenharia Ambiental, recordo com clareza a primeira pesquisa de campo que precisamos fazer para a matéria de meio ambiente. Ao percorrer os igarapés de Manaus conversando com seus residentes (nas margens e em palafitas sobre) pude constatar que na sua maioria absoluta, 86% eram migrantes, os quais nunca haviam morado naquelas condições, e ao chegarem a Manaus se sujeitavam a tais condições por querer morar próximo ao centro da cidade. Aí que era gerado o problema, juntavam todo o lixo em sacolas plásticas e jogavam literalmente no rio. Ainda pesquisando, eu e alguns colegas caímos na besteira de perguntar para essas pessoas por que eles jogavam no rio, a resposta era rápida: “porque não havia onde colocar o lixo, portanto, melhor era jogar no rio que a prefeitura depois retirava!”.
Já gastaram bilhões de dólares com urbanização, construção de novas moradias, dragagem do leito dos igarapés, projetos de educação ambiental, enfim, uma verdadeira fortuna para resolver o problema, mas todo ano a “desgraça” é vista por todos, o rio enche e quando começa a secar lá vem tudo quanto não serve mais para os que por perto residem, uma montanha de lixo que enoja as pessoas de boa educação. A pergunta que não quer calar é: será que algum dia todos tratarão os rios e igarapés como se fossem fonte de vida? O mais deplorável é que essa montanha de lixo atrai tudo quanto há de mais nocivo à vida humana, e eles, os “malfeitores” convivem com aquilo e ainda reclamam como se o estado fosse o verdadeiro culpado.
Na pesquisa anterior citada, nós os alunos do curso, de tanto ouvirmos as respostas vazias nos revoltamos e um dos colegas passou a fazer uma brincadeira, perguntava em tom de “pesquisa” se o morador tinha ouvido falar que o rio ‘comia’ plástico? Os pesquisados eram unânimes em desconfiança e sentirem que na verdade era uma forma de reprovação pelo ato de jogarem a sacola de lixo no rio, mas desconversavam e pelo visto, até hoje continuam a praticar esse crime ambiental.
É lamentável, mas é verdade, os igarapés, rios, córregos de norte a sul desse país acumulam quantidades enormes de lixo, e na sua maioria dos o lixo é plástico. Também se não fosse plástico não poderíamos ver a falta de educação do povo brasileiro. Nos telejornais podemos ver os absurdos, o “coitado” do rio Tietê que além de ter que digerir enorme quantidade de esgoto, ainda recebe milhares de vasilhames plásticos. Mas na outra ponta do país a cidade de Manaus, onde eu nasci, também não é diferente, os igarapés que cortam a cidade mostram a verdadeira cultura do povo, ou seja, se não presta joga no igarapé que ele leva, para onde? Para o mar é claro, ainda que percorra milhares de quilômetros, mas uma hora dessas chegará ao mar.
Quando iniciei a faculdade de Engenharia Ambiental, recordo com clareza a primeira pesquisa de campo que precisamos fazer para a matéria de meio ambiente. Ao percorrer os igarapés de Manaus conversando com seus residentes (nas margens e em palafitas sobre) pude constatar que na sua maioria absoluta, 86% eram migrantes, os quais nunca haviam morado naquelas condições, e ao chegarem a Manaus se sujeitavam a tais condições por querer morar próximo ao centro da cidade. Aí que era gerado o problema, juntavam todo o lixo em sacolas plásticas e jogavam literalmente no rio. Ainda pesquisando, eu e alguns colegas caímos na besteira de perguntar para essas pessoas por que eles jogavam no rio, a resposta era rápida: “porque não havia onde colocar o lixo, portanto, melhor era jogar no rio que a prefeitura depois retirava!”.
Já gastaram bilhões de dólares com urbanização, construção de novas moradias, dragagem do leito dos igarapés, projetos de educação ambiental, enfim, uma verdadeira fortuna para resolver o problema, mas todo ano a “desgraça” é vista por todos, o rio enche e quando começa a secar lá vem tudo quanto não serve mais para os que por perto residem, uma montanha de lixo que enoja as pessoas de boa educação. A pergunta que não quer calar é: será que algum dia todos tratarão os rios e igarapés como se fossem fonte de vida? O mais deplorável é que essa montanha de lixo atrai tudo quanto há de mais nocivo à vida humana, e eles, os “malfeitores” convivem com aquilo e ainda reclamam como se o estado fosse o verdadeiro culpado.
Na pesquisa anterior citada, nós os alunos do curso, de tanto ouvirmos as respostas vazias nos revoltamos e um dos colegas passou a fazer uma brincadeira, perguntava em tom de “pesquisa” se o morador tinha ouvido falar que o rio ‘comia’ plástico? Os pesquisados eram unânimes em desconfiança e sentirem que na verdade era uma forma de reprovação pelo ato de jogarem a sacola de lixo no rio, mas desconversavam e pelo visto, até hoje continuam a praticar esse crime ambiental.