ELEIÇÕES / PARA NÃO PISAR NA BOLA !
O psicológico se agita, as bandeirolas e os cartazes também. Começa, então, à pleno vapor, a correria e a contagem regressiva em todas as dimensões. Ergue-se, pra valer nas paradas, um batalhão à caça dos votos – e “ venha de onde vier “ – de ricos, pobres, profissionais, não profissionais, letrados e analfabetos. Ninguém quer perder o foco desse arco-iris que se abre ao poder. E por aí caminham os sedentos ao favo de mel.
A cada biênio, uma metamorfose de propostas invade vielas, alamedas e ruas das grandes cidades numa tresloucada corrida eleitoral – e todos a qualquer “preço”, até no contra-passo dos anseios da sociedade a clamar por mudanças - mas, fazer o quê, se estamos a viver num estado democrático de direito ..., e ainda bem - eis a questão.
Nessas circunstâncias do quotidiano dos panfletos e propagandas gratuitas, ( gratuitas ? ), como nunca, somos cumprimentados pelos tapinhas nas costas, possibilidade de benesses numa escalada acentuada – e terminando por ficar obsoletos os debates dos grandes temas nacionais - como educação, saúde e segurança.
A verdade é que, não parece ser nada fácil celebrarmos uma escolha, acertada, segura e firme – até porque, no mais das vezes fala mais alto a retórica, sob o manto diáfano da verdade e os fantasiosos projetos de gavetas se enfileiram num verdadeiro contraponto ao que pensa e anela a gente brasileira. É o fato.
Urge, portanto, que tomemos posições e se estabeleçam linhas fronteiriças e não fiquemos a dormitar “ em berço esplêndido “ - e que, por medo de gritar, deixemos de crescer e medo de chorar deixemos de sorrir ...
Enock Santos / Belém/Pa.
Obs. Essas ligeiras crônicas urbanas estão sendo publicadas do Diário do Pará.