DUAS CAIXAS

Depois de mais de vinte anos de casados e de muita demonstração(publica) de afeto,Ele chega em casa e diz para a esposa:

-Precisamos conversar!

-Só vou terminar de lavar a louça e já vou me sentar com você para que a gente possa fazer isso..Ela termina rapidamente de lavar a louça e vai para a sala (onde ele a espera).Ela sente que algo está errado, pois ele só a chama para conversar quando há algo errado.

-Oi!O que foi?Problemas no serviço?Ou é alguma coisa com os meninos?

Ele baixa a cabeça...depois a olha sério e diz:

-Estou conhecendo outra mulher...

-O quê???!!!!O que José???Quem é ela?Eu a conheço?

-Conhece,mas não vá brigar com ela, pois ela não tem culpa ,as coisas foram acontecendo, e acabou “rolando”.Como eu gosto muito de você, não quero te enganar.Vou te deixar para que você também tenha oportunidade de reconstruir sua vida.

-“Reconstruir”?Reconstruir...porque você acaba de destruir tudo José.Os sonhos,a harmonia,a felicidade,a cumplicidade que eu imaginei existir.VOCÊ acabou com tudo!Você acabou COMIGO!!!Como vou ficar agora???

-Ouça:Já me informei sobre o que fazer para que você e os meninos não fiquem desamparados.Pagarei pensão.Te ajudarei em tudo.Não se preocupe.

-Vá emboraaaaa!!!Suma de minha frente!!!Saia agora!!!!

Ele sai.Ela bate a porta com raiva.Ele chega a sentir o “vento”provocado pela força com que a porta se fecha atrás dele.

Depois que ele vai embora, ela se fecha para a vida.Triste,chora sempre que pensa nele.Entra em depressão.Até que após vários dias ela”acorda” com a voz de seu filho de oito anos lhe dizendo:

-Mãe, a gente vai comer lanche outra vez???

Ela percebe que os filhos não tem culpa.Decide então,retomar sua vida.VIVER!

No outro dia que a vê se surpreende com uma nova mulher:Linda!Vai ao cabeleireiro,se arruma, se perfuma.Volta a cuidar dos filhos e da casa.

A vida continua...

Quando lhe perguntam como conseguiu superar a “chifrada”,ela diz:

-Tenho duas caixas:Uma para guardar coisas boas e outra para as coisas ruins.O que merece ser lembrado coloco na caixa sem cadeado.As coisas ruins, guardo a sete chaves e só abro quando não quero deixar que haja uma recaída.Aí,abro a caixa,olho,relembro o que ele me fez, fico com raiva e fecho a caixa!Houve coisas boas:Os filhos,bons momentos.Boas lembranças...isso fez com que tivesse valido a pena As mágoas eu isolo.Não quero deixar que apague as boas memórias....

Wal Ispala
Enviado por Wal Ispala em 25/07/2014
Reeditado em 25/07/2014
Código do texto: T4896857
Classificação de conteúdo: seguro