Atender é uma arte
Não raras vezes, ou melhor, na maioria das vezes, fico irritada com a forma com que sou atendida em diversos lugares. Sou exigente, pois passei mais de quinze anos trabalhando em Centrais de Atendimento, atenta aos desafios, estratégias e roteiros de atendimento para que os clientes se sentissem satisfeitos e chegassem no ponto da fidelidade. Pensava até mesmo em encantamento de sua parte, ou seja, que ele, além de ser bem atendido, se sentisse encantado.
Infelizmente, por razões conhecidas, tenho deparado-me com atendimentos que fazem qualquer ser humano chorar. Pessoas mal humoradas, sem postura, com má vontade tentam driblar o que considero o produto principal. Sim, porque o produto passou a ser serviço há muito tempo. A globalização propiciou-nos inúmeras opções a passos muito curtos. “Não fui bem atendido aqui? Pois vou alí e ponto!”.
Promessas não cumpridas, tom de voz alterado, desconhecimento do significado de “saber ouvir” e tantos outros quesitos têm me deixado irritada. E não gosto de ficar assim, especialmente quando percebo que, apesar da dificuldade de encontrar bons profissionais, nada é exceção.
Ontem, almoçando em um restaurante, olhei para o lado e deparei-me com uma fornecedora. Dirigi-me à ela e falei: “Ôi, tudo bem? Desculpe-me o local, mas tens uma previsão da entrega das .....? A resposta foi imediata: “Faz o seguinte: me liga à tarde que eu vejo!”. Assim foi finalizado o diálogo, com desrespeito e o que é pior, a fornecedora certamente não entendeu o que disse.
A cada dia mais irritada (sim, porque essas situações me deixam sem chão) decidí lutar com todas as forças e não entrar na onda do “sempre foi assim”.
Atender é uma arte e só faz arte quem tem sensibilidade e sabe que o caminho é longo até a finalização do trabalho.
Avante! Muita luta e aprendizado pela frente!