MUNDO DESENCANTADO
MUNDO DESENCANTADO
"As pessoas não morrem, ficam encantadas!"
Guimarães Rosa... e quando as pessoas já são um encanto, enquanto vivas?
E quando com o seu canto, com os seus versos, com a magia de suas palavras, dão especial colorido e sentido à vida?
Em que se tornam essas pessoas que em vida já são um encanto?
Em que você, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Sabino... e agora, João Ubaldo Ribeiro, Rubem Alves e Ariano Suassuna se transformaram?
Anjos? Querubins? Arcanjos? Duendes? Bruxos? Magos? Feixes de luz?
Ou será que o poeta em nada se transmuta, posto que já é pleno e perfeito, desde a concepção?
Ah, meu ilustre e amado Guimarães Rosa, você tem razão! Vocês, eternos poetas e magos das palavras, são hoje o maior encanto que há no céu e decerto que estão a sussurrar seus versos aos ouvidos dos anjos, dos santos e - por que duvidar? - de Deus.
Com a chegada de mais três magos sublimes da palavra e dos versos, o céu é, hoje, puro encanto... o céu é luz!
No entanto, a terra é pleno desencanto!
Uma tristeza sombria paira sobre os livros e sobre as nossas almas!
As letras não se harmonizam... os versos não encontram as suas rimas...
Estamos órfãos...
Estamos carentes...
Sem João Ubaldo, Rubem Alves e Ariano Suassuna... sem os seus versos e sem as suas poesias... o mundo - parece! - ficou doente!
Deixo aqui a minha saudade, a minha tristeza e o meu protesto: POETAS não deveriam morrer!
Alexandre Brito - 23/07/2014 - 17:50