VOCÊ ESTÁ MORTO.
Você está morto quando de forma maniqueísta se coloca acima do bem e do mal;
Você está morto por eleger a pretensão em plano superior à razão;
Morre mais atingindo o que é o menos da humanidade, morre por não perceber sua estatura, menor que o menos, insuficiência do mais;
Morre respirando o tóxico que lhe entra por osmose no contato impuro com a vaidade inundada de intolerância pela percepção rasa;
Morre de forma gigante quando acha que ascende embora mergulhado no abismo da falta de entendimento, fosso estéril que nunca se avizinhou da compreensão;
Morre aos poucos, claudicante e inválido, por partes, definhando no asilo de valores mofados, digladiando universalidades consagradas;
Você já estará morto quando bater em sua porta o carro da última viagem, nenhuma luz existirá para abrir caminhos, a escuridão sempre foi sua morada;
Morre definitivamente uma vida morta, onde amor era suposição, afeto recepção de uma pessoa só e doação via de mão única.
Ninguém vive, arrogantemente, em patamares que nunca alcançou, nem rasteja no mais pegajoso e pútrido lodaçal, sem apenação por toda uma vida caricata e aparente, JÁ ESTAVA MORTO.