O BRASIL DÁ ADEUS A TRÊS ÍCONES DE SUA LITERATURA
Este mês de julho (2014) tem sido o mês de grandes e irreparáveis perdas, pois três dos nossos mais proeminentes escritores deram-nos adeus, deixando-nos órfãos.
Já havíamos perdido João Ubaldo Ribeiro (18/07), Rubem Alves (19/07) e ontem (23/07) foi a vez de Ariano Vilar Suassuna, um escritor além de seu tempo.
Nascido em João Pessoa – PB, no dia 16 de junho de 1927, professor, teatrólogo e romancista. Membro da Academia Brasileira de Letras desde 1990 (Cad.32). Doutorou-se em história pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1976.
Autor de livros como “Uma Mulher Vestida de Sol”, O Casamento Suspeitoso”, “Farsa da boa Preguiça” e outros, além de “O Auto da Compadecida”, um clássico da literatura brasileira, Ariano Suassuna morreu nesta quarta-feira (23/07), após sofrer um AVC hemorrágico, aos 87 anos de idade.
Sua facilidade de contar história e de transformar o erudito em popular tornou-o um ícone da literatura brasileira, reconhecido no mundo inteiro.
Com sua graciosidade e estilo cômico e inteligente de escrever, apresentou ao mundo a cultura nordestina.
A realidade é que a literatura brasileira perde, e perde muito com a “fuga” desses três gênios da arte de escrever: o inigualável João Ubaldo Ribeiro, o magnífico educador Rubem Alves e o grande mestre do riso Ariano Suassuna.
Saudade, pesar, mas acima de tudo alegria, por termos sido privilegiados com a existência desses seres especiais que raramente surgem, mas quando surgem fazem a diferença, e ao partirem deixam um rastro luminoso em forma de saudade.
Obrigado, João Ubaldo, Rubem Alves e Ariano Suassuna, três maravilhosos mestres brasileiros.