O "SER" E O "TER" EM QUESTÃO

Vivemos em uma sociedade preocupada com valores superficiais, materiais e financeiros.O "ser" deu lugar ao "ter", num consumismo desenfreado pela posse e ostentação que dá ideia de pseudo-status, onde o indivíduo sente-se fazendo parte de um grupo. E nesse corre-corre diário, as notícias dos que sofrem pelas desigualdades sociais , fruto do próprio sistema dominante, são como "contos de fadas" narrados, mas inatingíveis aos olhos e ouvidos dos inúmeros telespectadores. Será que nos tornamos insensíveis? Os que estão lá fora , ou lá dentro da TV, não pertencem à realidade nua e crua? Não fazem parte desse contexto? Ou são apenas avatares midiáticos, numa programação para levantar o ibope das redes de comunicação?

Tais questionamentos nos preocupa pela forma como a programação é veiculada, numa banalização e sensacionalismo que não contribui intelectual ou culturalmente para o enriquecimento da criticidade consciente, pois está presa às amarras capitalistas de tudo pelo dinheiro, lucro e poder, em detrimento de uma população cada vez mais excluída do conhecimento, tornando-se assim presa fácil para a manipulação da ideologia em vigor.