FINAL. DERRADEIRA VIAGEM.

Seremos amanhã nosso caminhar presente, em qualquer espaço. Nos seremos sempre o que somos e fomos.

Ninguém muda para ser o que não é, ou foi. O amanhã é a existência do hoje com suas causas e efeitos. Não é possível fugir de nós mesmos, meu possível é o meu real.

Não negar uma vivência plena da consciência que busca sem cessar e sentencia sua inconsistência para ter certezas, é viver com intensidade a mística da procura que indaga na dúvida.

Um festejado pensador decreta: “Deus não está espetado na ponta de um silogismo impecavelmente construído”, e ele pode ser construído para os que conhecem fenomenologia corriqueira, força e movimento em física. E arremata o pensador: “Deus está no fim de uma vida corretamente vivida”.

Nada mais lógico, mais sábio, mais verdadeiro. Os laços da vida vivida com o premio da consciência tranquila, do repouso moral nos braços da correção, dão o fecho de uma existência, serão o amanhã fincado no trajeto da jornada.

Quantos na humanidade chegaram a tanto? Pecados e pecadilhos formam acervo humano, suas intensidades, censuras, arrependimentos eficazes e sujeição à Lei Moral dão a medida intransponível do julgamento final, ele é inevitável e única certeza desse momento único como o nascimento.

Onde está o homem na corrida pela paz? Onde vigora seu descanso?

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 21/07/2014
Reeditado em 22/07/2014
Código do texto: T4891118
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