FINS JUSTIFICAM MEIOS?
QUANDO LEGISLADORES SE ORGANIZAM PARA BARRAR PROCESSOS ÉTICOS;
QUANDO LEGISLADORES DEIXAM INERTES PROCEDIMENTOS LEGISLATIVOS TENDENTES A MELHORAR A POLÍTICA, OS TRIBUTOS, A PREVIDÊNCIA, O SISTEMA TRABALHISTA E TANTOS OUTROS PARA AVANÇO E MELHORA SOCIAL;
QUANDO PROCESSOS JUDICIAIS SE ETERNIZAM NAS CORTES ESPERANDO O INSTITUTO DA PRESCRIÇÃO, PELO QUAL CESSA O DIREITO DA SOCIEDADE DE PUNIR PELO DECURSO DO TEMPO SEM JULGAMENTO OS ACUSADOS DE ILÍCITOS;
QUANDO PELO SILÊNCIO, MUITOS SÃO REFÉNS DE MUITOS NA PRÁTICA DOS FINS JUSTIFICAREM OS MEIOS;
QUANDO A CRUELDADE TOMA CONTA DAS CIDADES SEM ENÉRGICA COESÃO DAS FORÇAS DE ESTADO PARA COIBIR SEU CRESCIMENTO AVASSALADOR;
QUANDO SE FAZ DO ESQUECIMENTO O INSTITUTO MAIOR PARA ABAFAR REPETIDOS DESMANDOS E ESCÂNDALOS;
QUANDO O SAGRADO MINISTÉRIO DO EXEMPLO PREVALECE PARA EXALTAÇÃO DAS PRÁTICAS MENORES INDICATIVAS DOS PIORES CAMINHOS;
EXORTAMOS: O MAL NÃO É NECESSÁRIO EMBORA ESTEJA IMPERANDO O JOIO.
QUE O TRIGO SEJA RECOLHIDO E OS JUSTOS RESPLANDEÇAM SEMPRE NO PÃO DA JUSTIÇA E DA PAZ.
NÃO SE PODE VIVER COMO JOIO!
O MAL NÃO É MAIOR QUE O BEM!!!!
DEUS NÃO SEMEOU JOIO, MAS TRIGO.
Maquiavel foi um estrategista de dinâmicas, de engenhos para tomada e monopólio de poder, não para consecução de objetivos programáticos de governos. Foi mestre de urdiduras não de realização final, chamemos assim, de implantação da “felicidade do povo”, dos súditos do príncipe.
Quem era Maquiavel? Sua biografia é parca. Foi um original pensador do renascimento, porém, também trágico.
Durante os séculos XVI e XVII seu nome foi sinônimo de crueldade, daí na Inglaterra tomar o diminutivo “Nick”, o diabo. “O Príncipe”, sua mais famosa obra das poucas que escreveu, tentou criar um método de conquista e manutenção de poder político. Não foi um estatuto de princípios.
Maquiavel parece não ter tido uma posição política clara, ou era extraordinariamente ambicioso, ou acreditava de fato no serviço do Estado, não lhe importando o grupo ou o partido político que detinha as rédeas do governo. Defenestrado pelos Medicis e exilado, voltou a bajulá-los depois de anistiado.
Para Maquiavel, a política era uma única coisa: conquistar e manter o poder ou a autoridade. A única coisa que verdadeiramente interessa para a conquista e a manutenção do poder é ser calculista; o político bem sucedido sabe o que fazer ou o que dizer em cada situação.
Com base neste princípio, Maquiavel descreveu no Príncipe única e simplesmente os MEIOS pelos quais alguns indivíduos tentaram conquistar o poder e mantê-lo. Contrariamente à cultura ocidental e aos ensinamentos chineses, ensinava, e mal, que a ética não se associava à política. Essa seria a grande novidade que salta de seus “Discursos” e do “Príncipe”.
Esse posicionamento, quase uma escola atual, repugna a natureza humana sob o lado do que tem de digno.
A contraposição está na máxima de São Tomás de Aquino, “O mal não é necessário”, onde se pode extrair a leitura de que os meios que contrariem a ética, sejam quais forem os fins objetivados, não se justificam se importarem em péssimas ações, ações que esvaziam a ética.
Adotam condutores de nações o estrategista Maquiavel, esquecendo-se da escola tomista do venerável gênio aquiniano de São Tomás de Aquino, podendo nossa racionalidade aditar contrapondo aos “fins justificam os meios” de Maquiavel, “o mal não é necessário” de São Tomás.
Esse posicionamento, uma escola atual, repugna a natureza humana sob o lado do que tem de digno.
A contraposição está na máxima de São Tomás de Aquino, “O mal não é necessário”, onde se pode extrair a leitura de que os meios que contrariem a ética, sejam quais forem os fins objetivados, não se justificam se importarem em péssimas ações, ações que esvaziam a ética.