O VOTO E O FASCISMO.
Sopram ainda, das insciências e anacronismos salvacionistas dos despreparados, botos de educação histórica e faltos de mínima compreensão de valores, intérpretes tacanhos do passado de Bolívar, que postulou e defendeu liberdades, não suas ausências, os ventos do absurdo de privilegiar uns em detrimento de outros, como se pátria não fosse a unidade de raça, língua e território.
A América da qual fazemos parte assiste essa reiteração do messianismo que sufoca na pretensão de libertar. É o arroubo dos que pensam ser tudo quando incorporam a filosofia de nada serem que retira a liberdade.
Desses instrumentos e exemplos devemos nos afastar. Não queremos que se avizinhe de nossas liberdades tão duramente conquistadas.
Não se conseguem avanços sufocando uns para valorizar outros, todos são iguais, rezam as cartas políticas como a nossa, e a Declaração Universal dos Direitos Humanos, bíblia da democracia.
Muito menos se pode amordaçar a liberdade humana em um de seus mais altos valores, o direito de expressão tão combatido e sinalizado controlar por gestões indesejadas e cabeças menores. A expressão em sua multifacetada externação através dos vários dons concedidos aos homens, todos, desde a arte iconoclasta até pendores da comunicação em seus variados meios é intocável nas democracias insuspeitas.
Por menor gravidade que se dê ao ato do sufrágio universal, ele é o sacerdócio de uma sentença pessoal, a decisão que queremos para os destinos nossos, de nossos filhos e de nossos netos, e muito mais, para o futuro da humanidade no todo, do qual, querendo ou não, somos parte na mutação social onde deixamos nossas pegadas como o mais humilde dos homens, mesmo um miserável, para que sua miséria seja pesada e não mais retorne, até o mais influente dos homens, para que sua influência seja valiosa no crescimento humano e faça escola.
Bertold Brecth estava pleno de razão quando advertia que, “A MÃE DO FASCISMO ESTÁ SEMPRE GRÁVIDA”.
ESTE É O NASCITURO QUE NÃO DESEJAMOS.
É com esses princípios em mente que devemos exercer o direito de votar e a razão de sermos pessoa na cidadania responsável.