COPA DA FIFA

Ao final da realização da JMJ, eu fiz uma crônica onde ressaltei, sob meu ponto de vista, alguns defeitos de execução e falhas de procedimentos, já imaginando o fiasco que seria a realização da copa da FIFA.

Talvez escaldadas pelo tal evento, as “autoridades” importaram especialistas, ou fizeram acordos com marginais, mas o fato é que o banditismo se resumiu a casos raros, se considerarmos o tamanho do evento e o volume de pessoas envolvidas.

No melhor estilo “jeitinho brasileiro” os estádios foram entregues, nem sempre prontos, às vésperas dos jogos.

Era comum ver por todo lado, pedaços do gramado voando com a bola ou pregados nas chuteiras e uniformes dos jogadores, simplesmente porque os gramados não estavam devidamente enraizados e com o grau de maturação ideal.

Tiveram o descaramento de pintar (com tinta verde) a grama e os buracos antes de cada partida e, essa prática, fez com que os jogadores ficassem com o mesmo aspecto de crianças quando brincam com tinta, sujam as mãos e limpam nos uniformes, visíveis principalmente nos de cor branca.

O balanço divulgado sobre as operações de portos, aeroportos, estações rodoviárias e postos de fronteira, dá conta de que tudo funcionou às mil maravilhas. Será que é verdade?

E se for, qual é a explicação para o não funcionamento no dia-a-dia, no feijão com arroz?

O povo brasileiro, como sempre, não decepcionou. Foi receptivo, gentil, amável, desdobrando-se da melhor maneira possível para fazer com que o visitante se sentisse “em casa”, demonstrando, mais uma vez, que essa é uma característica da nossa personalidade, que faz parte da nossa maneira de ser.

Tivemos alguns problemas de locomoção, principalmente no que diz respeito às distâncias entre estações de trem e metrô, os pontos do transporte coletivo e os portões dos estádios.

A FIFA, entusiasmada pelo lucro astronômico auferido, deu nota 9,25 à copa do Brasil. Pelo que eu vi e também pela atuação, muitas vezes desastrosas dos árbitros, eu penso que a nota 7 está de bom tamanho.