Bento XVI e a volta do arcaísmo católico

Com a vinda do Papa Bento XVI ao Brasil diversos temas fizeram parte da pauta do Pontífice: drogas, aborto, juventude, violência, pobreza, castidade, etc. Alguns destes assuntos deram a tônica do discurso do antes “Imperador do Mundo”, reavivando o poder da Igreja diante de seus súditos.

Durante séculos a Igreja Católica imperou pelo mundo, semeando seus conceitos, impondo suas leis, levando à fogueira os culpados (para Ela), mas escondendo seu nebuloso baú de incertezas. Aos poucos foi dando adeus ao seu legado, dantes forte e petrificado. Continua a ser a religião mais importante do Mundo, mas seus fiéis diminuem constantemente. Leis como o preconceito ao uso de preservativos e o impedimento de seus sacerdotes ao casamento (constituição e o partilhar de bens com a família), torna-a dura e arcaica diante dos olhos de seguidores que acompanham a evolução mundial. Religiões menores apostam na velocidade das informações apontando o caminho para o encontro com Deus de uma maneira mais fácil e menos penosa. E com isso colhem seus frutos, apodrecendo os católicos arcaicos e anseando pelo amadurecimento dos jovens, ainda, verdes.

João Paulo II durante duas décadas conduziu o catolicismo com rigor e prudência, mas demonstrou ser amável, tolerável e aberto ao diálogo, e nem por isso perdeu os beatos de outrora. Bento XVI não demonstrou a afetividade e o carisma de seu antecessor e não se abalou, impôs seus conceitos e fechou, ainda mais, as portas das mudanças na Igreja Católica.

Com ele o mito e o dogmatismo ganharam forças, construíram barreiras e permanecerão fechados até a entrada de um novo Pedro ou simplesmente mais um Papa. A Igreja pede liberdade.

Sergio Santanna
Enviado por Sergio Santanna em 15/05/2007
Código do texto: T488281
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