VAI UMA DOSE DE ADRENALINA?
Aqui onde moro concorro duas vezes para receber várias doses de adrenalina por dia. A avenida é secundária, uma avenida de duas quadras que serve de atalho entre a avenida Teresópolis e a Carlos Barbosa, por outro lado a brisa que sopra do pé do morro Primavera trás consigo os sons diretos da própria Teresópolis. Incessantemente as sirenes berram devida e indevidamente, as vezes num leve toque, quando algum agente público mesmo não estando em emergência quer prioridade no trânsito.
Na Brigada Militar entre os anos setenta e noventa do século passado o acionar da sirene era precedido de permissão do responsável pelo policiamento e somente se dava em emergência como a Lei prevê.
Não reclamo do ruído, o que me preocupa é a banalização, pois de tanto tocar sem motivo acaba não sendo respeitada como devia e isto vale às ambulâncias e outros serviços de emergência.
Pessoalmente sentia-me excitado, quando de pé em baixo, sirene ligada e luzes intermitentes ativadas íamos ao encontro do perigo, mais tarde alguém me disse que era o efeito da adrenalina.
Hoje assim como alguém saliva quando vê um prato apetitoso eu recebo doses de adrenalina quando ouço as sirenes, assim se constituindo um dano à saúde desnecessário.
Preciso urgentemente de um antidoto.