A Copa das Copas

A COPA DAS COPAS

13/07/2014

É hexa, eeeeeeé heeeexa, eeeé heexa. Nem do futebol, nem da garganta que sairia este grito haveria merecimento. Nãojogamos bola, não tivemos um time, não tínhamos uma seleção. Argentina e Alemanha nos ensinaram humildade e organização. Ensinaram obediência tática, liderança, coletivismo. Boateng e Mascherano com seus cabelos aparados e se cachos, mostraram o que é jogar para o time e não para as câmeras. Jogaram na zaga e era na zaga que tinham que jogar. Neur o goleiro sem firulas e sem chororo, fez o que dele se esperava entro u em campo em cada jogo e não em copa passada.

O deus que é brasileiro, é sobretudo justo e o que vimos foi a pura justiça. Aprendamos a baixar nossa bola, os holofotes dos campos de futebol servem para iluminar e facilitar a visão de quem assiste presencial ou televisivamente. Chega de craques de manchetes, chega de super heróis de sandálias havainas e de cuecas. Chega de cartas de da. Lúcia. Futebol é coisa de homem, de homem com h, com h de humano, de sincero, de real, de verdadeiro. Futebol é coisa de grupo, grupo de capacidades e não é turma de amigos, grupo que precisa ser liderado, por líder reconhecido por saber e usar as potencialidades dos indivíduos que compõe o grupo e lhes dar organização. Lider e não pai.

A copa acontece a cada 4 anos, coincidentemente o mesmo tempo de mandato daquele que teremos que escolher e que liderará o Brasil até a próxima copa. Que não ouçamos mais nenhuma rede de televisão, de rádio ou de jornal noticiando que o governo pensa em intervir no futebol, chega de bandalheira, não acabem com o circo, vão chafurdar naquilo que já tiraram do nosso povo. No futebol não soubemos selecionar, fomos vítimas da mídia, do marketing e dos marqueteiros, lá não temos o poder do voto e ainda bem, pois não sabemos votar .

Mas o Brasil foi vitorioso. Vitorioso em simpatia, em hospitalidade. Em demonstrar para o mundo que é possível conviver de forma harmônica. Que é possível conviver com as diferenças quaisquer que sejam elas. Que é possível tratar bem àqueles que não nos são simpáticos, mesmos os que dizem que tem alguém que é maior do que Pelé.

Fomos vitoriosos na derrota, pois é nela que aprendemos. E aprendemos que não somos campeões no futebol, mas somos nas artes, na cultura, na culinária, na história, nas paisagens, no nosso modo de ser, na alegria, na civilidade e na paz.

Aprendamos com a derrota na necessidade de organização, de liderança, do trabalho, do coletivo, do mérito.

Foi bom que tenha sido só de 1 x 0, se fosse de 8 esconderia um pouco dos nossos méritos de ter perdido só de 7. Deus é brasileiro e nos deu a cutucada, que estejamos suficientemente incomodados para mudar.

Espero que a Venus caia na real e que seu porta voz de todos os esportes tenha o merecido descanso e que ele vá para sua fazenda e lá crie os seus pavões, cansamos de pavões.

Geraldo Cerqueira