POLITICAMENTE ANALFABETO.

O que seria um analfabeto político, um cidadão tão primário que acha ser uma vitória ou não da seleção influente na escolha de quem votar, como circulou fartamente nesta Copa? Não, embora isso seja difícil de arbitrar e os melhores sociólogos brasileiros contemporâneos divergem.

Mas há uma menor ou maior intensidade influente sob essa angularidade, poucos percebem. Quem não acha assim é também um pouco analfabeto político.

Mas o que é um analfabeto político desnudo, sem possibilidades de contraditórios diante da evidência, cenáculo maior da ciência da lógica?

Analfabeto político é aquele que se vê usurpado por todas as fraudes possíveis que não vamos elencar por alongado, que vê as trocas de dinheiro em imagem na televisão e continua a votar na mesmo programática partidária de quem assim se conduz.

Analfabeto político é aquele que recebe um pouco do nada que nunca recebeu, sempre esquecido, e por receber essa migalha faz ufanismo de quem usurpa seu direito muito maior na partilha das riquezas nacionais sem o mínimo respeito à coisa pública.

Analfabeto político é não só o analfabeto formal que aprendeu as primeiras letras precariamente, mas só conhece seu sítio paroquial, desconhecendo em absoluto a configuração de um mundo globalizado e suas paralelas que convergem ou não para o bem comum, afastadas as incipientes e já superadas discussões do que não mais existe em termos de política doutrinária.

Analfabeto político é quem se ufana de ter um carro (condução de baixa qualidade e motorização, que mal sobe uma serra), pagando um preço em razão dos escorchantes tributos, três vezes maior do que em outros países da mesma América.

Analfabeto político é quem bate palmas por receber o mínimo, enquanto o máximo está na cesta de locupletação do político aplaudido e por ele votado.

Analfabeto político é aquele de quem se tem comiseração, pois os não analfabetos, mesmo vilipendiados pelos gravosos tributos, têm vocação, dom, talento e formação para caminharem com as próprias pernas, independentemente, de nada dependerem nem de ninguém, muito menos do Estado "Leviatã", contribuindo largamente com seu trabalho e profissão, através dos altos impostos que pagam, para o analfabeto viver e fazer ufanismo de sua miséria. O tolo analfabeto que bate palmas para a própria tolice.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 12/07/2014
Reeditado em 12/07/2014
Código do texto: T4879403
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