O Jogo Chamado Tempo


Vivemos a Era dos Jogos: aperte o play!
Os jogos estão presentes na realidade e na virtualidade: nas redes sociais e em toda internet. A toda hora é gente enviando aplicativos de jogos interativos ou mesmo jogos solitários.
Antes da internet havia somente a televisão sem nenhuma interatividade. Só se assentava e passivamente assistia. Alguns filmes e seriados foram marcantes e a temática era o tempo: “A Máquina do Tempo”; “O Túnel do Tempo”... Imaginação que brincava com a possibilidade: Seria possível voltar ao passado ou ver o futuro?
E o mundo do cinema extrapolou em propostas: “De Volta do Futuro”, “O Exterminador do Futuro”, “Uma Fenda no Tempo” e muitos outros.
Os matemáticos e físicos deixam o mundo da ilusão e buscam o científico para achar a “Dobra do Tempo”, o “Buraco Negro”, o “Buraco de Minhoca”... E desta forma mostram a sua humanidade quase literária na especulação de suas Ciências Exatas.
Se houvesse a possibilidade, você viajaria no Tempo para corrigir erros, acertar aquilo que não ficou claro, reencontrar alguém? Isto mudaria o seu presente? Ou afetaria o contexto histórico de toda humanidade?
Perguntas sem respostas... Apenas devaneios.
Não para o filme de Richard Curtis “Questão de Tempo” onde os homens tinham o poder mágico de voltar no tempo e interferir até na longevidade de suas vidas para evitar a própria morte ou a dos que queriam bem.
O filme não mostra apenas “idas e vindas”, visitas ao passado e presente. Ele aborda como isto se tornaria cansativo e escravizaria quem pudesse fazer isto. E a trama conclui que o importante não é acertar ou errar ou mesmo corrigir erros.
O drama mostra que o sabor da vida é a surpresa que o tempo revela nos mínimos detalhes de cada dia, de cada presente sem se preocupar neuroticamente com o passado ou o futuro que se perdeu ou se ganhou.
Terminado o filme desligou-se o play do DVD e ligou-se o rádio. Tocava-se uma melodia cuja letra dizia:
“As certezas estragam as surpresas do dia”.
Mensagens coincididas. Vai-se lá saber as razões deste jogo de possibilidades. Vive-se o hoje, porque o passado foi e o futuro não se sabe.

Leonardo Lisbôa
Barbacena, 04/05/2014.
Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 11/07/2014
Reeditado em 03/08/2014
Código do texto: T4878743
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