A SITUAÇÃO

Cada situação que tenho narrar... essa é a vida de cronista mundano. Pois bem, a coisa mais natural do mundo é o flato. Afinal, todos já mandaram, ou melhor, já soltaram em cada lugar: no elevador, no ônibus, na fila do banco, etc. Detalhe, meus amigos e amigas, é que existe cada pintura em matéria de flatos. Das mais variadas cores, se preferirem odores. Certa vez, presenciei até uma brilhante idéia de engarrafá-los para vendê-los aos turistas. Só poderiam ser os pensamentos soltos e os subterfúgios da vovó Miralda pra aumentar o seu mirrado rendimento.

“Fírulas a parte”, numa festa alegre, um “fino herói”, estava morrendo de vontade de liberar um flato. Mas não era qualquer flato, é desses que estremece toda a terra (efeitos gasosos da cervejinha). Nosso “fino herói” teve a “fina idéia” de se dirigir até a sacada da casa. O sujeito era inteligente, tendo em vista que não tinha ninguém no local e o som alto (música baiana) iria abafar o “estoura tímpanos”.

Naquele momento, ele se preparou como um barítono estufando o “pulmão” e rapidamente em acrobacias e coreografias como um bailarino clássico. De repente, o aparelho de som é desligado por uma moça que dizia:

- Não! Música baiana, não! Vamos trocar de CD! Que isso, vocês ouviram?

Todo mundo correu em direção a sacada, e lá estava o “fino herói” que dissera aos prantos, ou melhor, aos “ventos”:

- Caiu um motoqueiro na rua, vocês ouviram o barulho! Ele ficou com tanta vergonha que “escafedeu-se”.

Osório Antonio da Cunha
Enviado por Osório Antonio da Cunha em 15/05/2007
Reeditado em 15/05/2007
Código do texto: T487854
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