ENTRE AS QUATRO LINHAS
É fato,
a seleção brasileira de futebol perdeu a partida semifinal da Copa de 2014 disputada no Mineirão em Belo Horizonte e no sábado vai disputar o terceiro lugar no Mané Garrincha, sob o céu do planalto central, entre as flores do cerrado, em Brasília.
A ferida aberta em 1950 com o Maracanaço sangrou.
O campeão voltou, o campeão voltou! Na arquibancada a torcida afirmava cantando, mas após os primeiros minutos do primeiro tempo, silenciosamente parecia pedir, campeão volta, campeão volta...
O campeão Amarildo de 1962 se pudesse voltava nessa partida decisiva só para atendê-la.
É fatalidade,
a seleção brasileira de futebol perder a partida semifinal por sete tentos a um, sem nenhum esboço de reação técnica, tática ou tônica, inexplicável.Pareceu-me até que o apagão e o caos aéreo alardeados pelos pessimistas de plantão, para o mês da copa e chutados, de bico, para fora das quatro linhas continentais do território nacional aconteceram na terça passada. Pois foi o que se viu sobre as quatro muito mal traçadas linhas das cabeças técnicas do escrete verde amarelo e se alastrou pelos onze jogadores brasileiros em campo.
Penso, entre fato e fatalidade que a história escrita entre as quatro linhas sofridas desse dia 8 de julho de 2014 motive o futebol brasileiro a aprender novas palavras e o inspire a tornar outras mais belas, para enriquecimento e glória do vocabulário mais belo, o nosso, o único futebolístico pentacampeão mundial.