O BÊBADO

Essa passagem foi contada por um amigo numa rodada de cervejas em BH. Não acreditei muito na estória. Mas de qualquer forma tenho que narrar os fatos. Pois bem, vou tentar narrativa sutil, daquelas em que o leitor se tornará um cúmplice do fato ocorrido.

Então, era pra ser uma noite comum. As noites são intermináveis quando fogem ao controle. O amigo bebera “todas”, juntamente com outros colegas num botequim na Rua da Bahia (BH). Parafraseando o Ataulfo Alves: “Vives navegando em mar de rosas, mas em companhias duvidosas. Diz-me com quem andas, te direi que és”.

Os bêbados estavam escorando as paredes, ou melhor, as paredes é que estavam escorando eles. Lá pelas 4 horas da madrugada, o amigo foi tomar o seu ônibus na Avenida Afonso Pena. Ele estava sozinho no ponto de ônibus, nem uma viva alma na Avenida próxima a Rua da Bahia:

- Que demora, não passa o “bento do ônibus”. Meu Deus que vontade de urinar (maldita cervejinha).

Na Avenida Afonso Pena existe o famoso Parque Municipal de BH (Hilda Furação esteve por lá), coberto por bromélias e outras plantas com vastas folhagens.

- Que desespero em amigo? Falou o colega na rodada de cervejas.

- Que nada! Situação sob controle! Encostei na grade do parque e comecei a fazer o “serviço”.

Por favor, perdoem o bêbado, já que a natureza não o perdoou. Diz que o amigo só escutara o barulho do liquido caindo nas bromélias. Entretanto, naquele momento vem um “som da natureza”:

- Atchim...Atchim...Atchim... ... Atchim...Atchim!

Diz que a única cena que o amigo recordara antes da disparada; é que a bromélia tinha virado uma lona preta e o dono ou a natureza, gritava:

- Seu moleque! Vou te matar!

Osório Antonio da Cunha
Enviado por Osório Antonio da Cunha em 15/05/2007
Reeditado em 15/05/2007
Código do texto: T487651
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