O PAPA E A PEDOFILIA.

Nos últimos dias o Papa Francisco pediu perdão aos abusados sexualmente por pedofilia e prometeu punir os sacerdotes que cometeram os desvios.

"Sinto-me na obrigação de assumir todo o mal cometido por alguns padres, um pequeno número em relação a todos os padres, e de pedir pessoalmente perdão pelo dano que causaram ao abusar sexualmente de crianças", declarou o pontífice ao receber representantes do Escritório Internacional Católico para a Infância (BICE) no Vaticano.

Todo ato definido na lei como crime não punido exemplarmente, como vem ocorrendo no Brasil, incentiva o aumento da conduta criminosa. É o que ocorreu com a pedofilia no seio da igreja por falta de punição e um certo acobertamento para não expor o sabor amargo de entranhas viciadas no desprezível hábito.

Isso faz com que, ineditamente, o primeiro dignitário da Igreja já tivesse lançado documento papal sobre o tema, após antecessores pedirem desculpas papais e gastarem fortunas com indenizações.

Onde se encontra a raiz da ausência de punição e do alastramento da conduta criminosa? Na própria lei interna da igreja que não ponho em cheque, apenas considero, já que devem responder pelos atos provados perante a lei comum que obriga a todos.

Corporativamente, o Código Canônico, trata os “clérigos de conduta gravemente escandalosa (como os pedófilos)”, palavras da lei canônica, de maneira benévola, afirmando em seu cânone 2300, que “se depois de admoestado não reforma sua conduta nem é possível de outro modo evitar o escândalo, pode, entretanto, ser privado do direito a vestir o traje esclesiástico”. Pergunta-se: SÓ ISSO!!!

Se aos executores do aborto em termos legais, sentenciou a excomunhão, uma pena espiritual diante do Código Canônico, fortíssima e severa, qual a razão de pena tão leve para os de conduta grave que integram o “Corpo da Santa Igreja”, e fazem votos?

A excomunhão, era o mínimo que mereceria como punição quem fez sagrados votos para conduzir o povo de Deus e ao invés molesta, estigtimatiza, macula e corrompe o ser mais limpo que pisa este planeta. Fora o processo comum a que todos os cidadãos como os sacerdotes estão sujeitos.

O Papa vem enfrentando todas as resistências nesse sentido, de entregar às autoridades civis os criminosos. Mas continua sua luta.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 08/07/2014
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