O QUE QUEREMOS AFINAL?
Creio que com o término da copa as manifestações reivindicatórias virão, espero que sem mascarados e quebra-quebra. Sou amplamente favorável a elas, desde que apresentem uma agenda propositiva. Na questão saúde, lembro que até a década de 80, só tinha direito aos serviços de saúde, quem era registrado em carteira de trabalho e contribuía para o antigo INAMPS.Hoje, qualquer brasileiro é atendido pelo SUS. Ganhamos em quantidade, mas ainda pecamos na qualidade. Então, nossa agenda deve ser: mais médicos, principalmente especialistas, não podemos esperar até um ano para consultar um ortopedista, um cardiologista ou oftalmologista; mais convenios hospitalares para ampliar o numero de leitos e assim evitar que pacientes morram nos corredores; dar cobertura para exames caros, como ressonância magnética e outros similares; reduzir o tempo de espera para realização de exames. Estas medidas seriam de curto prazo. A médio prazo, construção de mais hospitais públicos regionais e mais postos de saúde e unidades de pronto atendimento em bairros estratégicos de cada cidade.
No quesito educação lembro que na década de 70 lutávamos pela universalização do ensino. Não era mais possível que crianças que moravam em favelas ou bairro muito pobres não tivessem acesso à escola. Hoje é raro ver uma criança fora da escola, a não ser por negligencia dos pais. Ganhamos em quantidade, mas precisamos avançar em qualidade. Garantia de creches, pré-escolas e escolas de tempo integral pelo menos até os 12 anos é de fundamental importância. Professores valorizados, currículos adequados a nova realidade social e histórica, mais escolas para comportar numero ideal de alunos e não grandes quantidades, que prejudica a aprendizagem. Tudo na minha modesta opinião, deve fazer parte das agendas que levaremos para as passeatas reivindicatórias. Eu levarei as minhas.