BRASIL X ALEMANHA. CONVULSÃO.

Nem mesmo um sociólogo de botequim, e existem muitos, pode negar o evento ímpar da Copa do Mundo, único com envolvimento emocional de tal calibre no planeta. Por quê? Poucos podem explicar, mas negar sua ocorrência é coisa de afetados, depressivos e bobos. E de bobagem o mundo já está asfixiado. É direito não gostar, até mesmo da alegria que se vê em todos os lugares por uma expectativa de triunfo, em todos os países que participam, com ou sem chance, e mesmo dos que ficam fora.

Ligar o evento à política deve ser feito com restrição, todo o social está ligado, nada em sociedade funciona solitariamente, o fato social é denso, mas qualquer ligação é temporalmente episódica, até nas pesquisas. Em duas semanas a memória, a mesma de quem vota e esquece os desmandos, já estará no “statu quo ante”, ou seja, como antes.

Os que gostam ou não de futebol, os que entendem como os chatos repetitivos da crônica esportiva ou não, pois futebol não se entende, de tão simples, joga-se, goleiro, zaga, volantes e ataque, ficam todos envolvidos em uma tsunami e só falam e respiram a mesma coisa, crianças (as que sofrem mais), idosos, etc. Veja-se o retrato nas ruas. Mas é preciso ter calma.

Brasil e Alemanha pode trazer alegria ou tristeza para essa massa que vai em coro cantando um Brasil alegre que precisa de tanta coisa e não tem. Esse ponto nevrálgico, a insatisfação, compreende-se e justifica-se, encontra uma válvula de escape nesse inflar de dar as mãos, cantar um orgulho que na verdade não se tem com o que está aí, mas é o ar de todos, a necessidade, o oxigênio que se precisa para sublimar tudo que passamos e engolimos. Mas que se tenha calma com qualquer resultado, o futuro não nos pertence, se pertencesse estaríamos todos com saúde, educação, segurança e transportes coletivos suficientes, mas depende de um sistema complexo chamado representação, onde essas necessidades sempre estão esvaziadas.

Só a educação nos daria o norte para escolher quem vai nos representar, sem ser um “FICHA SUJÍSSIMA”, como se vê na maioria.

A Alemanha é a quarta economia do mundo, e a primeira da inigualável Europa em qualidade de vida, assim entendo, E ESTÁ TAMBÉM VIVENDO A MESMA EMOÇÃO.

VAMOS COM CALMA.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 08/07/2014
Reeditado em 08/07/2014
Código do texto: T4874107
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