O tempo é de Copa

O Brasil é um país de muitas variedades. Todos sabem como é a nossa cultura. Para os intolerantes, viver em um país assim é muito difícil. Vez ou outra, terão que se chocar com determinadas manifestações que consideram sem importância ou até insuportáveis. A paixão pelo futebol que tem este povo é algo que pode realmente aborrecer a estes.

Mas é preciso descer do pedestal, não bancar o estraga-prazeres, julgando todo aquele que gosta desse esporte um idiota. É tempo de Copa. Naturalmente, a população em sua grande maioria está mobilizada com o evento, como também magoada com a situação do Neymar . Julgam que ele foi vítima de um ato violento do colombiano. E, cá pra nós, não precisava mesmo tudo aquilo.

Quanto aos vitimados pela queda do viaduto, quem em sã consciência não lamenta isso? Acho impossível. O problema é que o Neymar é figura de destaque, uma peça importante na conquista da taça. E só mesmo um Freud pode explicar o porquê desse fenômeno que torna pessoas tão dependentes e apaixonadas por bola, jogadores, etc...

Admito que esse meu argumento não justifica o descaso aos que se foram e a ausência de maiores discussões sobre a demolição moral de figuras públicas envolvidas em obras duvidosas e nocivas para a população. Torço para que em algum momento todos estejam despertos e prontos para pensar nisso. Por hora, precisamos lembrar que em uma democracia espera-se que a vontade da maioria prevaleça. Querem curtir a Copa, ótimo! Vamos respeitar e ver depois como é que fica.