A COPA DE QUEM DECIDE
A COPA DE QUEM DECIDE
05/07/14
Vivemos desde as últimas décadas do século passado a carência de lideres. Nossas empresas tomam decisões sem informações e muitas das vezes por ter ouvido falar, pelo concorrente estar fazendo ou ainda por força do marketing. O maior exemplo disto são as implantações dos sistemas de qualidade, onde o foco principal é na grande maioria das vezes é uma preocupação pura e simples com as auditorias que vão possibilitar a divulgação de ser uma empresa certificada, ao invés de ter o objetivo focado no produto o que creio ser o motivo da elaboração do sistema.
Nossos gestores, salvo raras exceções, são na realidade simples fiscais, incapazes de tomarem decisões e guiados por normas, regras, procedimentos e leis que são necessárias na justa medida da prevalência da organização e não deixar que se instale a anarquia, de transforma a empresa na casa de mãe Joana. Mas todas as regulamentações foram criadas e podem ser modificadas e para isto é preciso primeiramente que disto se necessite e depois que tais alterações sejam propostas e efetivadas em cima de conhecimento e coragem.
Nosso país tem como motivação a emoção o que deixa um verdadeiro abismo entre o que deve ser cobrado de um líder que é a razão. Desde há muito somos massacrados por informações de sermos uma terra de um povo explorado pelas nações que nos colonizaram, pela formação étnica e religiosa e por aqueles que colocamos no poder, temos a cultura de sermos “coitados” (aqueles que sofreram o coito).
Nossa mídia por interesse ou incapacidade reforça este “complexo”. Hoje tivemos mais uma lição na COPA, jogo Costa Rica x Holanda, último minuto da prorrogação e o técnico da Holanda, Louis Van Gaal, duramente criticado por suas declarações de proteção dos árbitros ao Brasil há poucos dias, substitui o goleiro que há alguns minutos salvara a Holanda da eliminação com uma espetacular defesa, colocando o que o narrador definiu como o terceiro goleiro da Holanda. Vem a disputa de pênaltis e o 3º goleiro escalado por aquele que como líder tem compromisso com o resultado, com a razão e não com a emoção, líder que não é visto como um pai e sim como alguém que tem a capacidade de gerir os recursos que lhe são disponibilizados, faz duas defesas e classifica sua seleção.
Aproveitando uma celebre frase de quem se promove há várias décadas em cima de nossa emoção poderemos dizer que as defesas foram feitas pelas “manos” de um 3º goleiro e pela “cabeza” de um líder.
Pra frente Brasil desamarre o amor da chuteira e ganhe a copa pela razão.
Hermanos, tenemos ante nosotros a usteds em la final, pero tenga cuidado de la espalda.
(Foi o meu melhor portunhol)
Geraldo Cerqueira