Uma questão de gosto
Essa coisa de ir a lugares onde são “points” da beleza e da juventude da Classe média brasileira nunca foi muito do meu agrado.
Embora tenha frequentando durante minha precoce juventude. Dos 15 aos 22 era frequentadora desses mais famosos points.
Mas, desde essa época, já me questionava: “que graça que tem aqui? Que graça que tem em só beber e conversar?"
E mesmo que fosse uma questionadora assídua nesse quesito, continuava indo, simplesmente para manter e mostrar que meu status: “de vida social badalada”.
Com 23 comecei a pensar sobre o que realmente gostava de fazer!
E aos 24 parei de seguir o fluxo, comecei a ir contra a maré ou a ir a favor da minha.
Vi o quanto amava mesmo viajar, que sempre amei show, e era uma amante da dança! Sempre detestei ficar sentada em bar, esse foi o momento de divisor de águas da minha “middle class”.
Minha roda de amigos para sair que já era seleta, ficou sem ninguém. E eu que já saia sozinha desde os 17, aos 24 tornou-se inevitavelmente comum.
Mas, apesar de ter feito uma escolha aparentemente solitária, passei a fazer o que realmente gostava. A viajar para onde queria, a sair pros lugares que amava e a ir a shows de bandas que desejava. Consequentemente, a partir dai, pessoas mais interessantes passaram a surgir. Pessoas com as mesmas ideias que a minha, ou com ideias tão contrárias que as passavam a ser interessantes.
Comecei perceber que a imensidão do mundo ia muito mais além do meu umbigo e amigos.
Continuei os tendo e eles entenderam meu contra argumento.
Não nasci para essa vida obrigatória da classe média, sentar em bar e achar isso o máximo.
Embora seja filha dela, nasci com outros gostos e encantos.
Nasci ousada, querendo desbravar o mundo e dentro do que posso e como posso assim o faço.
Com muita música e muita dança vivo à minha maneira, vivo como eu amo; viajando, cantando e dançando.