“SAY NO TO RACISM”. DIGA NÃO AO RACISMO,

Todos têm sensibilidade, é inerente ao ser humano. Perdas, tristezas, alegrias, comemorações, festas, mexem com as emoções, movimentam a sensibilidade.

Os olhos, janelas da alma, veem as exterioridades que põem a sensibilidade em ebulição, processam no coração o sentimento, remetem ao cérebro a mensagem compatível que exercita a mecânica elétrica nos neurônios, formando-se a vontade que se exterioriza em variadas manifestações.

Essa é a sensibilidade rotineira, comum dos seres humanos, mas há outra. A sensibilidade dos valores absolutos, pesquisados e estudados, que são paradigmas da sociedade que sob seu império movimenta-se. Esses valores, com profundidade, são analisados no dia a dia da pesquisa, tutelados pela razão que se projeta na lei, VIDA, HONRA, LIBERDADE, que também mexem com as pessoas, mas de formas diversas.

A sensibilidade científica é pois outro estamento, exegético, que demanda o espaço acadêmico-científico e decorre da entrega ao estudo incessante, que acompanha a fenomenologia social em sua projeção plural e cultural e nela se insere, necessário e de inafastável aproximação a determinadas atividades, longe de clamores e proposições desestruturadas do elemento principal de organicidade legal. Não nasce da aparência ou da singela compreensão.

Na mídia, grande imprensa, por exemplo, seja crônica ou notícia, muito é dito incompativelmente com a realidade científica, acadêmica.

Sendo profissional da área abordada percebe-se a incompatibilidade com o fato e o entendimento midiático. Digo a todos para fazerem essa análise junto as suas atividades profissionais.

Vi no jogo França e Alemanha, hoje, além do discurso dos capitães nesse sentido, antes da partida, a repulsa em manifestação por qualquer discriminação ; “SAY NO TO RACISM”, em faixa estendida pelas equipes no centro do gramado. É um brado mundial, sempre foi.

Os valores absolutos são desgastados de forma violenta, a igualdade sofre a maior das agressões pulverizada em muitos países menos civilizados. Nós somos um deles. Questão educacional, como tudo.

Um velho magistrado me disse e marquei para o resto da vida: “olhe as obrigações como nascem e perceberá como observar o cumprimento das mesmas”. Os valores conquistados são obrigações, direito e dever. É a razão que informa e forma a lei, o fato social e a luta por ser tornar direito. Não a desrazão. E o maior dos valores é a igualdade.

No Brasil, resolveu-se instituir, AO ARREPIO DA LEI, VIOLENTANDO PRECEITOS FUNDAMENTAIS CONSTITUCIONAIS, o chamado “princípio da razoabilidade”, como se um princípio, que nada vale legalmente, é meramente doutrinário, fosse capaz de enfrentar a lei constitucional em suas regras maiores de direito individual. Mas tem conseguido extraordinariamente e irrazoavelmente esse caricato princípio, arruinar a lei maior, constitucional, sem que nunca, gramaticalmente, na lei figurasse.

Agora, violentando a igualdade de todos constitucional, sofrida e conquistada com muita luta e suor pelo direito dos povos, e pelo mesmo irrazoável “princípio”, sem “pé e muito menos cabeça”, concedem-se cotas que desigualam conferindo pela cor, sem avaliação de mérito, cotas a serem preenchidas no serviço público, da mesma forma como fizeram com a educação.Isto é racismo.

A RAZÃO ESTÁ NA LEI, "todos são iguais perante a lei".

QUE RAZOABILIDADE É ESTA QUE TRATA DESIGUALMENTE IGUAIS PELA COR E PELA RAÇA?

“SAY NO TO RACISM”, diga não ao racismo, em todos os sentidos.

Veja-se o absurdo. Também o Supremo Tribunal Federal, por maioria mínima entre seus ministros, SUSTENTADO NO “TAL” PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE, decidiu que os já aposentados e pensionistas deveriam continuar pagando o seguro previdenciário. Seria, e assim apurado criminalmente no próprio STF, fruto de consciências compradas no Congresso, o chamado “mensalão”.

Seguro é direito atuarial, paga-se para um dia receber. Atingido o termo contratado (previdência privada) ou o tempo apontado na lei (previdência pública), recebe-se o benefício. Continuar pagando depois de vencido o termo final da obrigação é pagar para o defunto do segurado, ao próprio contribuinte....

Seria como pagar o seguro de um carro e sinistrado (furtado, roubado ou acidentado) receber-se a indenização e continuar a pagar o seguro. Um absurdo em lógica.... A “razoabilidade” que lei alguma proclamou ou sufragou, a (I)legitimar esse entendimento, seria de que as gerações futuras esperam pela solidariedade dos que resgataram o seguro e já recebem o benefício, os mais velhos aposentados e pensionados. E a solidariedade aos mais velhos, mais necessitados?

ESSAS SÃO AS VIOLÊNCIAS FEITAS SUSTENTADAS NO PRINCÍPIO DA "RAZOABILIDADE". UM ESCÁRNIO.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 04/07/2014
Reeditado em 04/07/2014
Código do texto: T4869698
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