SELEÇÃO DOS POLÍTICOS NO BRASIL
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SELEÇÃO DOS POLÍTICOS NO BRASIL
Como agora tudo gira em torno da Copa do Mundo, escreverei nesse ritmo futebolístico também, mas para falar sobre o que venho garantindo e repetindo sempre: cada sociedade vive no que escolhe para viver, de bom ou de ruim! Os eleitores, a cada quatro anos, são os técnicos, mas continuam escolhendo péssimos jogadores, digo, políticos, mantendo os postos e nos mesmos níveis políticos os que não representam verdadeiramente vontade do povo e só pensam em si mesmos! As razões podem ser várias, mas direi uma apenas: os eleitores desconhecem que no processo democrático, eles são os que criam a sociedade em que desejam viver pelos quatro anos seguintes. De quatro em quatro anos os eleitores, como se fossem técnicos de futebol, são chamados às urnas para formar uma nova seleção política para e disputar uma nova Copa do Mundo da Política. Deveria ser assim, mas ainda não é, porque péssimos políticos continuam sendo eleitos e reeleitos só porque conseguem mais “empréstimos” com empresas e, principalmente, com construtoras! Tudo como se fosse uma Copa do Mundo, que também é patrocinada por muitas empresas, mas elas exigem logomarcas em todos os locais! Com políticos, também deveria ocorrer a mesma coisa na prestação de contas aos Tribunais Regionais Eleitores, mas muitas doações ou são escondidas ou não “informadas”.
E por que estou escrevendo sobre isso, começando com futebol para falar de política?
Porque a mesma prática deveria ocorrer com a política: os eleitores seriam os técnicos e os candidatos seriam os cidadães que desejassem disputar as eleições e, como no futebol, só os melhores permaneciam convocados para mais quatro anos de manda, mas só os ficassem defendendo e trabalhando em prol do melhor para a coletividade e não de si próprios como ocorre ainda com muitos, infelizmente! Depois de quatro anos, independente de sigla partidária deveriam continuar somente os excepcionais, pois o regime democrático permite que a cada quatro anos, eleitores convoquem e formem nova seleção de políticos para representá-los, expurgando todos os candidatos fichas sujas, os maus caráter e os que se escondem por trás dos mandatos legislativos pensando que a Justiça nunca os alcançará. Os eleitores, iludidos pelo dinheiro que resultam em campanhas milionárias sempre erram e elegem péssimos candidatos que se posicionam como se fossem donos dos mandatos e não devessem prestar contas aos eleitores, prometendo o que não podem cumprir e gastando dinheiro que nunca receberão honestamente durante um mandato inteiro - a menos que seja com corrupção, esquemas, desvios e fraudes em licitações, como é comum!
Não deveria ser assim, mas, infelizmente, a falta educação política nas Escolas Públicas e particulares para que os eleitores aprendam a ler o que se esconde por trás de propostas milionárias e mirabolante, com gastos exorbitantes. Essa disciplina deveria fazer parte da transversalidade na educação como matéria obrigatória, mesmo que não valesse nota, além da presença física do aluno em sala de aula como acontecia com as extintas disciplinas de Organização Social e Política do Brasil – OSPB e Moral e Cívica.
Sempre antes de todas as eleições, o Tribunal Superior Eleitoral promove campanhas em favor do voto consciente, mas sem muito sucesso porque sempre os que têm mais dinheiro, mais patrocínios como um “empréstimo adiantado” a ser pago com juros e correções monetárias depois por todos os contribuintes, são os que terminam sendo eleitos. Os que não conseguem, pela honestidade e seriedade que ostentam em suas propostas, terminam ficando como suplentes ou recebem poucos votos nas urnas porque não dispuseram de dinheiro para fazer uma grande e milionária campanha eleitoral, com mentiras e promessas que nunca cumprirão!
Depois, eleitores mais esclarecidos, reclamam com razão dos marginais mascarados infiltrados nos movimentos que invadiram lojas de automóveis, destruíram os que se encontravam em exposição para venda, causando mais de 2 milhões em prejuízos. Em seguida, não satisfeitos, passaram a roubar caixas eletrônicos e destruir tudo que encontravam pela frente, como se os automóveis ou os bancos fossem responsáveis pelo aumento das passagens de ônibus. É o preço que a sociedade paga pela sua própria irresponsabilidade eleitoral!
Isso ocorrerá outras vezes se os eleitores não souberem escolher seus representantes, de quaisquer partidos que sejam, separando o joio do trigo, desacreditando de campanhas milionárias porque por trás disso, pode estar se escondendo uma empreiteira, uma construtora ou um esquema qualquer para receber em dobro tudo o que foi investido no político, porque todo o dinheiro emprestado aos políticos será recebido em dobro pelo emprestador, como alertou o ex-presidente do TSE em entrevista aos jornalistas. Mas isso é uma verdade indiscutível. No Brasil da democracia do dinheiro, ninguém dá nada a ninguém se não for como um investimento para ser cobrado depois, de maneira escusa e nem sempre confessáveis!
Por isso, volto a reafirmar: a sociedade é o que fazemos e queremos para ela seja! Não é a sociedade que molda as pessoas. Ao contrário: os eleitores são os que enquadram e moldam a sociedade, sempre.