DEUSES DO OLIMPO
Prof. Antônio de Oliveira
antonioliveira2011@live.com
Nas religiões politeístas, deus, deusa, era e é uma divindade personificada, superior aos homens, e à qual se atribui influência especial, benéfica ou maléfica, nos destinos do Universo. Uma espécie de fada boa, fada madrinha; ou fada má, malévola. Sim, os deuses eram, por natureza, superiores aos reles seres humanos. E tantos podiam ser os deuses que São Paulo deparou, no Areópago de Atenas, com um altar dedicado ao deus desconhecido. Paulo, então, faz ver que esse era justamente aquele Deus que ele anunciava.
E eram exatamente doze os deuses que habitavam o Monte Olimpo, na Grécia Antiga: Hera, Poseidon, Atena, Ares, Deméter, Apolo, Ártemis, Hefesto, Afrodite, Hermes, Dionísio e Zeus, o chefe de todos. Há quem considere isso inimaginável, ou imaginação demais. Sobretudo os incrédulos, ateus, materialistas. Enfim, pé no chão, diriam outros. Contudo, por coincidência, os doze deuses do Olimpo formam uma seleção de futebol, incluindo o técnico (couch, capo). São seres endeusados pela mídia, dentro e fora do campo de futebol. Seus passos são acompanhados, vigiados, perseguidos. Suas imagens são disputadas e vendidas a peso de outro deus, o dinheiro, o ouro. Que, em inglês “gold”, ganha de uma letra da palavra God (Deus).
A expressão manjar dos deuses vem dos pratos requintados que constituíam
os frequentes banquetes dos deuses gregos no Monte Olimpo. Dentre os alimentos destacavam-se a ambrosia e o néctar. Tais tipos de refeição contribuíam para que os deuses mantivessem sua perene juventude e eterna beleza. Tudo a ver com os mitos da atualidade: políticos oportunistas, esportistas e artistas famosos, enfim, as tais famosidades de hoje em dia, movidas por patrocinadores a preço de ouro.
Deuses do Olimpo. A história se repete. Mudam os cenários, a cultura de época, contextos; a tecnologia evolui. Mas o homem continua o mesmo: capaz de sacralizar o império do efêmero na história acelerada do mundo moderno.