Filosofia e Piadas Velhas
Com o tema Morte e Vida nas mãos, acabei por me lembrar de duas velhas piadas.
O sujeito perguntou ao médico:
- Doutor, será que viverei até os 100 anos?
O médico respondeu:
- Bem… Isto dependerá de alguns fatores. O senhor bebe?
- Não.
- Fuma?
- Nunca!
- Come carnes, comida gordurosa?
- Sou vegetariano.
- Usa camisinha?
- Sou abstêmio, desde que faleceu minha adorada Odália, a quem fui totalmente fiel.
O médico olhou para ele surpreso e quis saber:
- E pra que diabos o senhor quer viver até os cem anos??
A outra é a história daquele casal muito, mas muito idoso mesmo, que morreu num acidente de avião e, ao chegar ao céu, foi alegremente recebido por São Pedro. O santo apressou-se em lhes apresentar as acomodações:
- Ali, as quadras de tênis, o campo de futebol, a piscina…
- Deus do céu! Estamos velhos demais para essas coisas! - disse ela.
- Não se esqueçam de que estão no céu! Aqui, vocês podem tudo. Ah! A propósito, ali é nosso restaurante, vocês podem se servir à vontade, comer o que quiserem e beber também.
- Nem pensar! Qualquer coisa fora da dieta e a gente passa mal!
- Vocês agora estão no céu! Fiquem à vontade. Nada pode lhes fazer mal. Este aqui é o quarto de vocês, a cama é bastante confortável e vocês poderão reviver todas aquelas loucuras amorosas do início do seu casamento.
O velhinho respondeu, mau humorado, apontando para o meio das pernas:
- Loucuras? Loucura é achar que esse sujeitinho ainda vai se levantar para alguma coisa.
Ao que São Pedro explicou:
- Não duvides, filho! Aqui, ele funciona!
E, realmente, para surpresa do velhinho, lá estava o tal sujeitinho, todo pampeiro.
Ele olhou bem para a velhinha e não resistiu:
- Você, hein!? Não fossem aquelas suas dietas macrobióticas e todo o resto, a gente já podia estar aqui há um tempão!!
Brincar com a ideia de morte e vida é uma forma que encontramos de lidar com esta certeza dolorosa: um dia todos morreremos. A fé também suaviza esse conceito tão definivo e transforma o adeus num até logo, transforma o fim em recomeço. Independente de nossas crenças, uma verdade que o médico da primeira piada e o velhinho da última trazem é: de que adianta uma vida longa, se for sem graça e cheia de privações?
A vida está aí para ser vivida com qualidade. É claro que cada um tem um entendimento diferente do que é qualidade de vida e que este entendimento pode se modificar no decorrer do tempo, com as mudanças que se processam em nossos corpos em decorrência do envelhecimento… Talvez chegue um momento em que um dia feliz seja apenas um dia sem dor. Que seja bem aproveitado, então.
Tenho pena é de quem passa pela vida sem viver. Quem cede ao vício do entorpecente, lícito ou não. Lembro de uma excursão que fizemos a Porto Seguro e, um dos rapazes do grupo passou todo o tempo chapado. Não participou de nenhuma atividade, esporte, passeio, paquera. Talvez isso seja o que ele entendia como qualidade de vida, mas na minha lógica, não seria preciso vir à Porto Seguro para ele viajar tanto. Enfim… O que eu quero mesmo é viver tudo o que a vida me oferece, da melhor forma que eu puder. Quero, um dia, chegar no céu e, quem sabe, guardadas as proporções, ter uma recepção parecida com a do Airton Senna, que, quando chegou ao céu e deu o nome, ouviu de São Pedro:
- Mas, é o Airton Senna? O corredor famoso, podre de rico, adorado no Brasil e respeitado no mundo inteiro? Aquele que só anda de carrão e namora as mulheres mais lindas?
- Sim, sou eu mesmo!
- Pode entrar, mas você vai achar isso aqui um tédio!
O sujeito perguntou ao médico:
- Doutor, será que viverei até os 100 anos?
O médico respondeu:
- Bem… Isto dependerá de alguns fatores. O senhor bebe?
- Não.
- Fuma?
- Nunca!
- Come carnes, comida gordurosa?
- Sou vegetariano.
- Usa camisinha?
- Sou abstêmio, desde que faleceu minha adorada Odália, a quem fui totalmente fiel.
O médico olhou para ele surpreso e quis saber:
- E pra que diabos o senhor quer viver até os cem anos??
A outra é a história daquele casal muito, mas muito idoso mesmo, que morreu num acidente de avião e, ao chegar ao céu, foi alegremente recebido por São Pedro. O santo apressou-se em lhes apresentar as acomodações:
- Ali, as quadras de tênis, o campo de futebol, a piscina…
- Deus do céu! Estamos velhos demais para essas coisas! - disse ela.
- Não se esqueçam de que estão no céu! Aqui, vocês podem tudo. Ah! A propósito, ali é nosso restaurante, vocês podem se servir à vontade, comer o que quiserem e beber também.
- Nem pensar! Qualquer coisa fora da dieta e a gente passa mal!
- Vocês agora estão no céu! Fiquem à vontade. Nada pode lhes fazer mal. Este aqui é o quarto de vocês, a cama é bastante confortável e vocês poderão reviver todas aquelas loucuras amorosas do início do seu casamento.
O velhinho respondeu, mau humorado, apontando para o meio das pernas:
- Loucuras? Loucura é achar que esse sujeitinho ainda vai se levantar para alguma coisa.
Ao que São Pedro explicou:
- Não duvides, filho! Aqui, ele funciona!
E, realmente, para surpresa do velhinho, lá estava o tal sujeitinho, todo pampeiro.
Ele olhou bem para a velhinha e não resistiu:
- Você, hein!? Não fossem aquelas suas dietas macrobióticas e todo o resto, a gente já podia estar aqui há um tempão!!
Brincar com a ideia de morte e vida é uma forma que encontramos de lidar com esta certeza dolorosa: um dia todos morreremos. A fé também suaviza esse conceito tão definivo e transforma o adeus num até logo, transforma o fim em recomeço. Independente de nossas crenças, uma verdade que o médico da primeira piada e o velhinho da última trazem é: de que adianta uma vida longa, se for sem graça e cheia de privações?
A vida está aí para ser vivida com qualidade. É claro que cada um tem um entendimento diferente do que é qualidade de vida e que este entendimento pode se modificar no decorrer do tempo, com as mudanças que se processam em nossos corpos em decorrência do envelhecimento… Talvez chegue um momento em que um dia feliz seja apenas um dia sem dor. Que seja bem aproveitado, então.
Tenho pena é de quem passa pela vida sem viver. Quem cede ao vício do entorpecente, lícito ou não. Lembro de uma excursão que fizemos a Porto Seguro e, um dos rapazes do grupo passou todo o tempo chapado. Não participou de nenhuma atividade, esporte, passeio, paquera. Talvez isso seja o que ele entendia como qualidade de vida, mas na minha lógica, não seria preciso vir à Porto Seguro para ele viajar tanto. Enfim… O que eu quero mesmo é viver tudo o que a vida me oferece, da melhor forma que eu puder. Quero, um dia, chegar no céu e, quem sabe, guardadas as proporções, ter uma recepção parecida com a do Airton Senna, que, quando chegou ao céu e deu o nome, ouviu de São Pedro:
- Mas, é o Airton Senna? O corredor famoso, podre de rico, adorado no Brasil e respeitado no mundo inteiro? Aquele que só anda de carrão e namora as mulheres mais lindas?
- Sim, sou eu mesmo!
- Pode entrar, mas você vai achar isso aqui um tédio!
Este texto faz parte do Exercício Criativo - Morte e Vida
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http://encantodasletras.50webs.com/morteevida.htm