COPA E POLÍTICA.

É incrível, mas é verdade. Conseguiram fulminar com a massa de alegria que transbordava nos brasileiros quando do acontecimento das Copas do Mundo. QUEM MATA SENTIMENTOS PAGA COM A ALMA.O preço será resgatado.

Ainda há uma resistência de parcela que torce como antigamente, como referi em crônica. Não posso falar o mesmo, mas respeito os que por motivação política torcem contra o Brasil, como a leitora Célia que, embora sem autenticação, assim afirmou em comentário, equivocada sobre o que escrevi. Discorri sobre pessoas afirmarem que não assistem jogos quando assistem, conheço muitas, como nas novelas, como se ver novela fizesse cair seus gostos literários.

De forma alguma censuro, ou insensatamente, como disse em comentário a leitora, “julguei” o que os outros fazem ou condutas que assumem. Tudo é legítimo, como torcer contra o time brasileiro fragilizado por ausência de meio-campo dominante e sem recursos pessoais, bons “meio-campistas”. Seria a última pessoa a censurar qualquer coisa, conheço minhas responsabilidades, só é censurável e apenável nas instâncias próprias o que vai contra a lei que obriga a todos. Disse a leitora que “Muitas pessoas que sabem quantos projetos absurdos o PT está tentando aprovar aproveitando-se do barulho da copa e da distração do povo com a copa não estão conseguindo torcer ou torce (sic) para o Brasil perder porque muitas pessoas ignorantes podem achar que o Brasil venceu por causa da Dilma e do Lula e votarem neles novamente.”

Hoje recebo comentário de meu amigo Ciro Fonseca afirmando que a situação do país traz esses efeitos, dizendo“que a insatisfação popular, já ultrapassa a euforia que o futebol nos traz”.

Conseguiram esse portentoso fenômeno os gestores do Brasil. A Petrobras, anteriormente a décima segunda empresa do mundo, hoje está em centésimo vigésimo sexto lugar. Isto por mero uso político predador, como a última ação, semana passada, que fez cair mais oito por cento suas ações, e pior, defendido com ardor na mídia o gesto.

Sobre a influência do desfecho do resultado da Copa sobre a política, em relação às eleições, ontem assisti em programa da Bandeirantes, Roberto da Matta, notável conterrâneo, antropólogo respeitado mundialmente, Professor de Harvard, em entrevista concedida, com obra escrita sobre o futebol e seus fenômenos sociais, que perguntado sobre a incidência do resultado nas eleições, disse que não saberia responder, mas que duas semanas após o término da Copa, tudo voltaria ao leito do dia a dia, sem grandes repercussões.

Enfim, sugaram a última gota de sangue do brasileiro, como da Célia, que se violentando diz que antes torcia nas outras copas pelo Brasil, com euforia, hoje torce contra sem nenhum pecado ter cometido, paga com seu sentimento pelos pecados de terceiros.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 30/06/2014
Reeditado em 30/06/2014
Código do texto: T4864144
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