O que eu guardei para ela
Do meu sorriso sincero, em uma noite fria de sábado, com aquela melancolia do inverno e da solidão de um coração sofrido, foi que ela singularmente me respondeu a minha ponta de esperança, de menina donzela, naquelas magias do namoro a antiga, onde apenas uma troca de olhar já diz sobre afinidade e anuncia o carinho nascente, que latente, guardado talvez para ela.
Eu que tão cansado de ser sozinho, de correr nessa estrada somente com as minhas obsessões de garoto de meia idade, de madrugadas vazias em meio a multidões e das invejas daqueles meus velhos amigos, que antes compartilhavam risadas e garrafas de alguma bebida potente e barata, hoje homens de família, fardados em suas camisas polos e em suas felicidades de casal. Seria a minha hora chegando, ela realmente me balançou.
Que saudades de sentir o que sinto, passar o que passo e no penar do pesar, encontrar sentido nas musicas mais sentimentais e amorosas e deixar que as melodias mais melosas dominassem minha psique, meus pensamentos alternando entre incertezas e suspiros.
Ainda estou perdido nos seus olhos de mel, tentando te explicar o que sinto e que embora minha intuição possa me enganar, minha vontade de amar insiste para que eu persista, talvez você seja tudo que eu sempre sonhei, que procurei, a resposta do meu amor de antes e guardado, para o futuro e quem sabe o sempre.