PADRÃO VIDA

Domingo, 22 de junho de 2014.

No céu, a lua minguando para nova com seu olhar de soslaio parece afirmar, estou aqui, mas logo saio. Ela sabe que holofotes possantes estarão clareando as arenas da copa de futebol no Brasil, por trinta noites e quer aproveitar as férias para assistir a todos os jogos de camarote.

Na terra, os santos juninos, Antônio, João e Pedro aniversariantes do mês, naturalizados brasileiros por amor ao país e ao futebol dividirão generosamente a atenção festiva. Para eles, os sonoros gritos de gol soarão como "Parabéns pra você...". As sutis tomadas de bola no meio de campo, as muralhas impenetráveis engendradas pelos goleiros, os chutes certeiros dos atacantes e a média expressiva de 3,5 gols por partida, fato que não acontece desde a copa de 1958 na Suécia, serão recebidos como presentes.

_Estava tão gostoso aquele rebuliço! Ao som dos sanfoneiros, afirmam cantarolando os turistas estrangeiros creditando padrão VIDA à hospitalidade brasileira nessa primeira fase do campeonato mundial de futebol.

Amanhã, a segunda-feira, torcedora verde-amarela, vai acontecer espirituosamente esportiva. Ela entrará em campo como um time se dirigindo ao estádio para uma partida decisiva de futebol a ser disputada em apenas dois tempos surpreendentes.

Nada de prorrogação, nada de manhã, tarde e noite!

No primeiro tempo, depois de rápido aquecimento vai abrir espaços na agenda como um centroavante tão decidido quanto solitário para realizar com sucesso as tarefas domésticas e as profissionais, e no segundo, a partir do apito do juiz, iniciará o jogo Brasil X Camarões, bem posicionada às margens do campo, o sofá de casa, como mais um técnico brasileiro entre 200 milhões.

_William, William!

Haja Felipão!