Joaquim Manuel de Macedo e a Moreninha

Coincidência ou não, mas em 1844, Joaquim Manuel de Macedo aos 24 anos concluía o curso de medicina e o seu romance A Moreninha era publicado, afirmo isso sem temer a obviedade, por singela constatação, pois o personagem Augusto na trama, par romântico de Carolina, era estudante de medicina!

Nos salões sociais da época onde o movimento literário romântico ditava, no dizer de agora, a moda, a história de amor leve, inevitavelmente açucarada e sem absolutamente nenhuma restrição calórica, foi recebida com grande entusiasmo e considerada a primeira obra de literatura brasileira romântica a fazer um estrondoso sucesso de público e desde então compõe um dos mais belos cenários do Brasil imperial.

O autor, filho ilustre de Itaboraí R.J., além de médico e jornalista, foi amigo do imperador. Amizade que não o impediu de dizer abertamente em suas crônicas o que pensava sobre a cidade do Rio de janeiro nos últimos anos do império.

Joaquim Manuel de Macedo morreu em 1881, aos 61 anos, mas no reencontro dos “breves” de Augusto e Carolina tornou-se eterno. A história de amor que ele escreveu e que “rolou” na ilha de Paquetá ainda cruza a baía de Guanabara e conquista leitores pelo mundo todo, portanto, no próximo 24 de junho, dia do seu aniversário, o “parabéns pra você, pra ele” bem que poderia começar com uma releitura de “ A MORENINHA”!