ANOTEBOOK
ANOTEBOOK
No meu “anotebook”, um caderninho que sempre carrego comigo, vou escrevendo minhas observações, anotações, poesias, enfim, um pouco de mim.
Interessante observar a reação das pessoas quando puxo o caderninho para escrever. Olham-me como se de outro planeta eu fosse, de outra era, ou ainda um alienígena vindo de um mundo inexistente. Um ser, digamos, analógico, num mundo digital, um ilógico animal que não consegue ficar inebriado, pela luminosa inteligencia artificial e pelas luzes brilhantes, coloridas e hipnotizadoras de tablets, smartphones. Um ser que ainda “perde” tempo, olhando de cabeça erguida, pessoas, céus, naturezas, admirando as belezas e tristezas do mundo real, registrando-as em papel e lápis, enquanto ainda há tempo e antes que as luzes dos olhos se apaguem.
Enquanto transcrevo esta crônica em meu notebook, sinto que o bom senso me diz para usar a tecnologia, mas jamais escravizar-me a seus irresistíveis encantos. Olhar em frente, sem a cabeça abaixada, enquanto o mundo está a sua volta, vibrante e real, é não perder o passo da humanidade.
Adoro meu “anotebook”.