Fascínio 1
As pessoas entram para essas maiores universidades do mundo, normalmente no país que nos habituam a ter como referência. Com custo na casa dos US$ 100 mil dólares por ano. Sentem-se superiores aos que lá não estudam. Como os autores que pertencem à ABL e eventualmente se julgam melhores dos que lá não estão.
Depois essas mesmas pessoas se tornam donos, empresários ou diretores de indústrias que poluem os rios, o ar. Ou que promovem desmatamentos de grandes áreas para a construção de usinas, condomínios. Para a construção do fascínio. Espantando os passarinhos, os falcões, fazendo com que as cotias pousem nas coberturas dos prédios ao invés de nos mourões das cercas dos caminhos.
E ainda se acham no direito de chamar os índios (que ajudaram a dizimar) de selvagens.
Por isso é que a vida é bela e tão fascinante. Não importa se às vezes repugnante. Pela contrariedade.
Rio, 06/04/2014